TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA TUBERCULOSE NA VISÃO DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS
SANDY YASMINE BEZERRA E SILVA1, ÉRIKA SIMONE GALVÃO PINTO1, VANESSA FREIRES MAIA1, ALANY CARLA DE SOUSA PAIVA1, FELYPE JOSEH DE SOUZA LIMA ALVES E SILVA1, PRISCILA DA SILVA ALMEIDA1
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SANDYYASMINE@HOTMAIL.COM

A tuberculose ainda é reconhecida como grave problema de saúde pública a nível global. No ano de 2015, em todo o mundo, foram contabilizados cerca de 10,4 milhões de novos casos. No Brasil, em 2017, foram notificados aproximadamente 69.569 casos. Mesmo tratando-se de uma doença conhecida há muito tempo ainda há dificuldades na concepção de alguns conceitos pela população, como o tratamento medicamentoso. Esse tipo de tratamento é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o que torna essencial o desenvolvimento de ações de educação e promoção à saúde. Objetiva-se analisar o conhecimento de estudantes do nível médio da rede pública de ensino sobre o tratamento da tuberculose. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo inquérito, com abordagem quantitativa, que contou com a participação de 70 alunos do 3º ano do Ensino Médio de quatro escolas da rede estadual de ensino, situadas no município de Natal-RN. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário aplicado entre os meses de fevereiro e dezembro de 2016. Para este estudo, foi analisado o item de múltipla escolha que questionava como é realizado  o tratamento da tuberculose. Os dados foram organizados em planilhas e analisados através de estatística descritiva. Foi observado que: 65,7% dos participantes referiu que o tratamento medicamentoso é realizado gratuitamente em unidades de saúde; 7,1% que a medicação é vendida em farmácias; 7,1% que o tratamento é feito com chás caseiros; 8,6% mencionou o uso de “lambedor”; 10,0% não sabia responder ao questionamento e 1,5% não respondeu a questão. A maior parte dos participantes referiu corretamente sobre o tratamento gratuito de TB, no entanto, ainda há a crença em alguns mitos quanto ao uso de tratamentos alternativos (chás, “lambedor”) e à venda de medicamentos, o que nos remete à existência de uma concepção errônea sobre o tratamento, o que pode dificultar o sucesso terapêutico. Assim, o presente estudo monstra que há fragilidade no conhecimento sobre o modelo instituído para tratamento da tuberculose, incorporando desde o uso de técnicas não recomendadas, até a escassez de informação sobre o principal método de cura e controle da doença. Revela-se a necessidade de articulação intersetorial no desenvolvimento de ações de prevenção e promoção à saúde, no intuito de disseminar informações e desmistificar conceitos, facilitando, a adesão medicamentosa, a cura da doença e seu controle.



Palavras-chaves:  Serviços de Saúde Escolar, Tratamento Farmacológico, Tuberculose