SÉRIE HISTÓRICA DE CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE C EM MACEIÓ-AL ENTRE 2013 A 2017
MARIA BEATRIZ DE LIMA E SILVA1, EMÍLIA MARIA MELO DE ARAÚJO1, TÁSSIA ADELVA DE ARAÚJO CARDOSO1, CRICYA ESTELITA VITÓRIO DOS SANTOS 1, JÚLIA MARIANE ROCHA CÉSAR1, ISADORA MARIA DE SANTANA MENDES 1, HUGO DUARTE CALHEIROS 1, ANNE JOISY DA SILVA SANTOS1, LUANA LUZIA SANTOS PIRES 1
1. CESMAC - centro universitário cesmac
beatrizlima.mabi@gmail.com

A hepatite C é uma das principais causas de doença hepática crônica em todo o mundo. Existe grande variação na prevalência da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) de acordo com a região geográfica estudada, refletindo não só características epidemiológicas distintas entre as populações, mas diferenças nas metodologias utilizadas para a realização das estimativas. Apesar dos dados escassos, estimativas indicam que o Brasil é um país com prevalência intermediária, variando entre 1% e 2%. Com isso, o trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico da hepatite C baseado em uma série histórica entre 2013 a 2017 em Maceió-Alagoas. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo com abordagem quantitativa, utilizando-se dados secundários extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN). As variáveis consideradas foram: número de casos por ano, sexo, raça, faixa etária, forma clínica, fonte de mecanismo de infecção e marcador sorológico. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. Durante o período estudado, foram confirmados 285 casos de hepatite C em Maceió, com uma frequência aumentada de 13,7% em 2013, 27,7% em 2015 e 19,6% em 2017, 97,54% apresentavam apenas o vírus C, enquanto 1,75% ambos os vírus C e B. A forma clínica predominante era a crônica, detectada em 87,02% dos pacientes. Em relação a forma de transmissão, 86,67% dos casos foram descritos como ignorados, entre os que apresentavam resposta, a forma sexual foi a principal via de transmissão (7,02%), seguida da transfusional (2,81%). Os casos ocorriam em ambos os sexos, sem diferença estatística significativa, 55,09% eram homens e 44,91% mulheres. A faixa etária mais frequente foi de 40 a 59 anos, correspondendo a 46,32% dos infectados e 64,21% eram pardos. Quanto a detecção do marcador sorológico AntiHCV foi reagente em 85,96% dos casos. A hepatite se demostrou ascendente nos últimos cinco anos, demonstrando a necessidade de educação sexual, melhoria na triagem laboratorial em bancos de sangue e esterilização de materiais cirúrgicos; inclusive diagnóstico rápido, pois um tratamento precoce, leva a uma remissão viral, com melhor qualidade de vida do paciente.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hepatite C, Maceió