ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DE PERNAMBUCO DO ANO DE 2015 A 2017
ANDRÉIA BEZERRA CAVALCANTI DE LIMA 1, EDUARDA MOURA DA SILVA1, EMERSON JOSÉ DE SOUZA SILVA1, OZENILDA ROBERTA DE AMORIM1, JULYANA VIEGAS CAMPOS1
1. FAINTVISA - FACULDADES INTEGRADAS DA VITORIA DE SANTO ANTÃO
andreia_crentelima@hotmail.com

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae , que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, tendo homem como o único reservatório natural do bacilo, apesar do relato de animais selvagens naturalmente infectados. A forma multibacilar é considerada a principal fonte de infecção. A hanseníase apresenta uma evolução lenta, alta infectividade e baixa patogenicidade, representa um problema de saúde pública, tendo em vista o poder incapacitante no indivíduo, e pode atingir, predominantemente, a faixa etária economicamente ativa, provocando incapacidade física e deformidades, podendo gerar diversos problemas, como limitação da vida social, afastamento do ambiente laboral, problemas de cunho psicológico e estigma. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no estado de Pernambuco do ano de 2015 a 2017. Desenho do estudo: Estudo quantitativo, descritivo do tipo transversal. Métodos: Foram utilizados dados secundários do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde- DATASUS e tabulados pelo TABNET, a partir dos casos notificados por hanseníase, abrangendo o estado de Pernambuco. Resultado: Foram registrados 8.395 casos de hanseníase no estado de Pernambuco no período de 2015 a 2017. Observou-se um maior índice de casos em 2017 com 37,74% (n=3.169) na cidade do Recife obteve o maior índice de notificação entre todas as cidades de Pernambuco com 20,42% (n= 1.715) segundo as faixas etárias, a mais acometida foi a de 35 a 49 anos, com 28,50%, (n=2.393). Ao avaliar os gêneros, o sexo masculino obteve o maior número de casos 51,43%. (n=4.318). Observou-se ainda que do total geral de casos confirmados a taxa de incidência chega a 79,77% (n=6.697), e a classificação multibacilar obteve 62,14% (n=5.217) dos casos. Discussões: De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a incidência de casos é cada vez maior, havendo uma predominância na forma multibacilar nos casos detectados. Isso pode estar associado aos baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico, bem como insatisfação das condições assistenciais para o diagnóstico precoce, o tratamento padronizado e o acompanhamento dos casos. Conclusão: Com a taxa de incidência da hanseníase cada vez mais elevada se vê a necessidade da educação em saúde para a população, a busca ativa, a assistência individualizada e direta, além do exame de contatos de portadores de hanseníase, com o objetivo de diminuir ou eliminar os casos no estado.

 



Palavras-chaves:  Infectocontagiosa, Incidência, Hanseníase