Modelagem temporal da infecção pelo vírus da Hepatite C por profissionais de saúde
ISABELLA CRISTINNA DA SILVA COSTA ¹, LAVÍNIA CALMON LIMA¹, ALYNE BARBOSA SILVA¹, ELENA MARIA DA SILVA DUARTE¹, JOÃO PAULO GOMES DA SILVA¹, GABRIEL MONTEIRO ARNOZO ¹, LUCILA MELO DOS SANTOS¹, CARLOS DORNELS FREIRE DE SOUZA¹
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
isabellacristinna0895@gmail.com

INTRODUÇÃO: A infecção pelo Vírus da Hepatite C (VHC) é causa de considerável morbidade e mortalidade, com a maioria das infecções agudas a evoluir para a cronicidade, muitas vezes presente de forma silenciosa. O contato com sangue contaminado é um grande risco para os profissionais de saúde. OBJETIVOS: Analisar a tendência da taxa de infecção por hepatite C durante os cuidados em saúde no Brasil e nas 5 regiões de saúde entre os anos de 2007 a 2014, utilizando o programa Joinpoint regression. DESENHO DO ESTUDO: Estudo ecológico de séries temporais. MÉTODOS: Análise da tendência da taxa de infecção por hepatite C pelos profissionais de saúde no Brasil e nas 5 regiões de saúde, cujos dados foram obtidos no PROADESS-Avaliação do desempenho do sistema de saúde. Adotou-se um corte temporal de 8 anos (2007-2014). A análise de tendência foi realizada pelo programa Joinpoint regression . Calculou-se o APC (anual percent change), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e o AAPC (Average Annual Percent Change). Significância de 5%. RESULTADOS: Na região norte, notou-se uma redução dos casos (35,3-20,8), o joinpoint mostrou AAPC -3,7% e p<0,01. Na região nordeste, a redução foi de 48,9 (2007) para 34,2 (2014), o joinpoint mostrou AAPC -5,8 e p<0,01. Na região sudeste ,a redução foi de 36,6 à 33,6, a análise do joinpoint mostrou dois comportamentos, 2007-2012 (APC 1,2) e 2012-2014 (APC -6,6). Na região sul, a redução foi de 45,3 (2007) a 37,1 (2014); a análise do joinpoint mostrou AAPC -4,1 p<0,01. Na região centro-oeste, reduziu-se de (41,5-17,1) e a análise do joinpoint resultou em AAPC -6,7 e p<0,01. No Brasil, a redução foi de 39,7 (2007) e 34,3 (2014) AAPC -4,5 e p<0,01. DISCUSSÃO: A melhora do número de casos de VHC mostra que a evolução do tratamento bem como em procedimentos de biossegurança como calçar luvas e correta esterilização dos equipamentos hospitalares, estão trazendo resultados para a redução dos números de contaminação do profissional de saúde ao VHC. CONCLUSÃO: A manipulação com mateiras com sangue contaminado ou secreções são importantes meios de transmissão do VHC em profissionais de saúde, no entanto através de medidas de biossegurança, uso EPIs e adequada técnica durante os procedimentos, notou-se uma redução dos casos de VHC em profissionais de saúde.