PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE TUBERCULOSE ENTRE 2015-2017 NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SÃO JOAQUIM |
Introdução : A OMS declarou a tuberculose como estado de emergência há uma década, a qual é ainda causa de morte com alta prevalência, principalmente em adultos. Nesse aspecto, o Brasil ocupa o 15º lugar dentre os 22 principais países responsáveis pela estimativa de 80% do total de casos no mundo. Visando reverter essa situação, foi criado o Programa Nacional de Controle a Tuberculose, utilizando-se da Estratégia de Saúde da Família para combater, controlar e prevenir a doença. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de tuberculose no período de 2015-2017 na USF São Joaquim. Desenho de Estudo: Trabalho transversal de caráter quantitativo. Métodos: O trabalho abrangeu 30 pacientes atendidos pela USF São Joaquim (Belém-PA) portadores de tuberculose no período entre 2015 e 2017. Foram analisadas variáveis como sexo, idade, gravidade da tuberculose, sítios de infecção, tipo de entrada, diagnóstico de HIV por meio dos prontuários dos pacientes e desfecho da doença. Resultados: De acordo com os dados colhidos, constatou-se que a população analisada apresentou uma idade média de 41,72 anos. Houve predominância dos casos de tuberculose no gênero masculino (60%), destacando-se a forma clínica pulmonar (100%), com a entrada sendo feita geralmente por caso novo (95%) em comparação com reincidência (5%). Além disso, o desfecho da doença foi de cura em 70% dos pacientes e de abandono do tratamento em 30%. Discussão: O trabalho encontrou resultados semelhantes ao da literatura científica, visto que dados como sexo e forma clínica coincidem com o de diversos artigos. A detecção de casos novos está de acordo com a meta do modelo de controle da tuberculose atual, no entanto, a taxa de abandono foi elevada, evidenciando a necessidade de uma melhora no tratamento deste paciente a longo prazo. Conclusão : Foi possível, por meio desta pesquisa, o conhecimento do perfil clínico-epidemiológico de uma parcela da população diagnosticada com tuberculose atendida na USF São Joaquim. Percebe-se que a doença está sendo registrada frequentemente na atenção básica e exige medidas e estratégias de prevenção e tratamento da doença, visando diminuir o número de casos a nível regional. |