ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HEPATITE B EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2013 A 2017
ALYNE BARBOSA BRITO1, WILLIANY BARBOSA DE MAGALHÃES1, CLÓDIS MARIA TAVARES1, RENATO DE SOUZA MARIANO1, CARLOS DORNELS FREIRE DE SOUZA1
1. UFAL - CAMPUS ARAPIRACA - Universidade Federal de Alagoas, 2. UFAL – CAMPUS A. C. SIMÕES - Escola de Enfermagem e Farmácia , 3. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
alynebbrito@hotmail.com

A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite B (HBV), o qual é um vírus de DNA que pertence à família dos hepadnavírus . O HBV pode ser transmitido por via parenteral, sexual e vertical. A hepatite B representa um importante problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico da hepatite B em Alagoas no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo transversal descritivo.  Os dados foram obtidos do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). Variáveis analisadas: município de notificação, raça, sexo, faixa etária, escolaridade, fonte de infecção e forma clínica. Análise estatística descritiva simples. Durante o período analisado foram notificados 575 casos de hepatite B em Alagoas. O município que apresentou maior número de casos notificados foi Maceió (n=458/79,65%), seguido de Atalaia (n=11/1,91%). Os indivíduos pardos foram os mais acometidos (n=328/57,0%). O maior número de casos foi encontrado no sexo masculino (n= 249/43,3%) e na faixa etária de 20 a 39 anos (n=224/38,9%). A maioria dos indivíduos teve escolaridade ignorada (n=164/28,5%). Dentre aqueles com registro, destacou-se a escolaridade de 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (n= 84/14,6%). Em relação à fonte de infecção, a maioria foi ignorada (n=416/72,3%). Dentre os preenchidos, destacou-se a transmissão sexual (n=118/20,5%). Quanto à forma clínica, a maioria dos indivíduos possui hepatite crônica (n=348/60,5%). As características observadas seguem o mesmo padrão de outras regiões do país. O perfil caracterizou-se pelo predomínio de homens e jovens. Problemas na vigilância foram apontados. O cenário mostrado reforça a importância de políticas públicas que oportunizem o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e oportuno, além de medidas que possibilitem a redução da transmissão da doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hepatite B, Saúde pública