EPIDEMIOLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2017 |
As hepatites virais são doenças caracterizadas pelo processo inflamatório do parênquima hepático. São causadas pelos vírus hepatotrópicos que são: A, B, C, D e E, sendo os mais comuns no Brasil são A, B e C. A transmissão pode ser por via enteral ou parenteral. Pode variar desde formas assintomáticas até formas mais graves. As hepatites virais representam um grande problema de saúde pública, visto que são responsáveis por cerca de 1,4 milhão de óbitos anualmente. Objetivou-se descrever o perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil entre os anos de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Variáveis analisadas: região, estado, raça, sexo, faixa etária, forma clínica e classificação etiológica. Os dados foram obtidos do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). No período estudado, foram notificados 301.024 casos de hepatites virais no Brasil. O maior número de casos foi na região Sudeste (n=113.961/37,8%), seguida da região Sul (n=88.057/29,2%). Os estados que se destacaram foram São Paulo (n=71.095/23,6%) e Rio Grande do Sul (n=44.541/14,8%). A raça branca foi a que teve maior número de casos (n=138.031/45,8%). O maior número de casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino (n=166.694/55,3%) e a faixa etária mais acometida foi a de 40-59 anos (n=125.337/41,6%). Em relação à forma clínica, a maioria dos indivíduos possuía hepatite crônica (n=215.200/71,4%) e o vírus que está mais associado aos casos de hepatites é o tipo C (n=134.921/44,8%), seguido pelo vírus B (n=110.654/36,7%). O conhecimento das características epidemiológicas pode ajudar no planejamento de políticas e planos que reduzam a transmissão da doença. Concluiu-se que a doença é um problema de saúde pública em todo o Brasil. Advoga-se a necessidade de implantação de medidas que possam reduzir a ocorrência da doença. |