ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA ESQUISTOSSOMOSE NO NORDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2013 A 2017 |
A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária que tem como agente etiológico o Schistosoma mansoni . Pode evoluir desde formas assintomáticas até formas clínicas mais graves. A doença é considerada um problema de saúde pública, uma vez que acomete um grande número de indivíduos e provoca um número expressivo de formas graves e óbitos. Objetivou-se descrever o perfil epidemiológico dos casos de esquistossomose no Nordeste Brasileiro entre os anos de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). Variáveis analisadas: estado de ocorrência, sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade e evolução. Procedeu-se análise descritiva simples. No período estudado foram notificados 6.573 casos de esquistossomose na região Nordeste. O estado com maior número de casos foi a Bahia (n= 3.427/52,1%), seguida por Pernambuco (1.435/21,8%). O maior número de casos foi observado no sexo masculino (n=3.572/54,3%) e em indivíduos pardos (n=4.121/62,7%). A faixa etária mais acometida foi a de 20-39 anos (n=2.229/33,9%). O maior número de casos teve escolaridade ignorada (n=2.340/35,6%). Dentre os preenchidos, os indivíduos com 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (n=1.099/16,7%) foram os mais acometidos. Em relação à evolução da doença, 2.866 (43,6%) casos evoluíram para cura e 242 (3,68%) evoluíram para óbito por esquistossomose. A evolução ignorada foi observada em 3.206 (48,7%) casos. A esquistossomose é uma doença fortemente associada às condições de vida da população. Conclui-se que a doença ainda configura-se como um problema de saúde pública no nordeste. Advoga-se a necessidade de medidas de prevenção e controle. |