EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO NORDESTE BRASILEIRO DE 2010 A 2016
ALYNE BARBOSA BRITO1, AISLA GRACIELE GALDINO DOS SANTOS1, ELENA MARIA DA SILVA DUARTE1, ISABELLA CRISTINNA DA SILVA COSTA1, JOÃO PAULO GOMES DA SILVA1, WILLIANY BARBOSA DE MAGALHÃES1, CLÓDIS MARIA TAVARES1, RENATO DE SOUZA MARIANO1, CARLOS DORNELS FREIRE DE SOUZA1
1. UFAL - CAMPUS ARAPIRACA - Universidade Federal de Alagoas, 2. UFAL – CAMPUS A. C. SIMÕES - Escola de Enfermagem e Farmácia , 3. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
alynebbrito@hotmail.com

Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e que possuem uma ferramenta que possibilita inocular esta substância em seu alvo, dentre os quais, destacam-se escorpião, serpente, abelha e aranha. Analisar o perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no Nordeste Brasileiro, ocorridos entre 2010 e 2016. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Variáveis analisadas: estado de ocorrência, faixa etária, momento do atendimento, animal responsável, gravidade e desfecho epidemiológico. Os dados foram obtidos do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada a análise descritiva simples das variáveis. No período estudado, foram notificados 344.442 casos de acidentes com animais peçonhentos na região Nordeste. O ano de 2014 foi o que registrou o maior número de ocorrências, totalizando 58.044 casos (16,8%), enquanto 2010 foi o que apresentou menor número (n=38.263/11,1%). O estado que apresentou o maior número de acidentes notificados foi Bahia com 101.681 casos (29,5%), seguida por Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Maranhão, Piauí e Sergipe, respectivamente. Em relação à faixa etária, indivíduos com 20-39 anos de idade foram os mais acometidos (n=114.885/33,3%). A maioria dos acidentados foi atendida até a primeira hora após o ocorrido, o que representou 135.374 casos (39,3%). O animal responsável pelo maior número de acidentes foi o escorpião (n=244.207/70,9%), seguido por serpente (n=49.060/14,2%) e abelha (n=21.361/6,2%), respectivamente. A maioria dos acidentes foi classificada como sendo de grau leve (n=283.611/82,3%) e com desfecho cura (n=308.843/ 89,7%). Ademais, 665 (0,19%) óbitos foram registrados pelo agravo notificado. O modo de ocupação dos espaços urbanos é um fator determinante para o aumento da ocorrência de acidentes com animais peçonhentos. Desta forma, percebe-se que acidentes por animais peçonhentos estão muito presentes e, portanto, é necessário ações de prevenção e educação em saúde.



Palavras-chaves:  Animais Peçonhentos, Epidemiologia, Prevenção