AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE AÇAÍS COMERCIALIZADOS EM BAIRROS VICINAIS A UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DE MACEIÓ-AL.
BÁRBARA SHAUANDA NUNES BARBOSA 1, WALÉRIA DANTAS PEREIRA1, ELIANE COSTA SOUZA1, MIRELLY RAYLLA DA SILVA SANTOS1, ISMAELL AVELINO DE SOUSA SOBRINHO1, LIVIA NATÁLIA VICENTE DE LIMA1, FLAVIO GUILHERME BATISTA TEIXEIRA1, INGRID GABRIELY DE OLIVEIRA RAMOS1, RAYANNA BEZZERA DE ALMEIDA1, ISABELA MALTA MARANHÃO1, POLLYANNA THAÍSE SANTOS BRAZ1
1. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
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 O comércio de açaí ( Euterpe olerace, Mart .) tem crescido nos mercados nacional e internacional, e é amplamente comercializado na forma de polpa congelada em lanchonetes, quiosques e restaurantes, devido a seu caráter energético e nutritivo. Entretanto, há problema da contaminação dos frutos de açaí que inicia-se na colheita e segue pelo armazenamento, transporte e processamento durante toda cadeia de produção da polpa, o que pode propiciar a presença de micro-organismos deterioradores ou patogênicos, diminuindo a vida de prateleira do alimento ou ocasionando doenças aos consumidores. A forma usada para transportar os frutos do açaí, na maioria das vezes, é fluvial e caso não estejam devidamente acondicionados, podem ter contato com cargas de pescados, correndo o risco de sofrer contaminação cruzada. O trabalho objetivou avaliar a qualidade microbiológica de açaí comercializado em bairros da cidade de Maceió – AL. As amostras foram adquiridas aleatoriamente como se fossem para consumo, e envolvidas em sacos plásticos estéreis sendo armazenadas em caixas isotérmicas e levadas ao Laboratório de Pesquisa e submetidas à pesquisa de Salmonella sp e contagem de coliformes a 45°C, conforme exigido pela legislação brasileira, e contagem de Bacillus cereus como indicador de qualidade e sanidade. Todas as análises foram realizadas pelos métodos validados atualmente pelo Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods da American Public Health Association . Foram analisadas 20 amostras de açaí, das quais apenas 1 (6,2%) encontrava-se imprópria para o consumo humano pela legislação brasileira por conter coliformes termotolerantes acima do preconizado, e todas as amostras apresentaram ausência de Salmonella sp. Contudo, 5 amostras (25%) continham presença maciça de Bacillus cereus , o que pode representar risco à saúde dos consumidores, pelo microrganismo ser esporulado, poder resistir a condições extremas e poderem causar toxinfecções alimentares. Sendo assim, torna-se necessária uma vigilância, acompanhamento higiênico-sanitário e implantação de boas práticas de fabricação desde a colheita até a distribuição afim de manter, além da qualidade do produto fornecido, um controle de segurança microbiológica do alimento e evitar possíveis doenças transmitidas por alimento. 



Palavras-chaves:  Açaí, Bactérias, Contaminação