DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA OCORRÊNCIA DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE OLINDA, ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL.
MARTA MARIA FRANCISCO 1, GLEDSANGELA RIBEIRO CARNEIRO1, BRUNO FELIPE NOVAES DE SOUZA1, ELIANE ROLIM DE HOLANDA1, ELIANE MARIA RIBEIRO DE VASCONCELOS1, EDNALDO CAVALCANTE DE ARAÚJO1, MARIA ILK NUNES DE ALBUQUERQUE1, CLÁUDIA BENEDITA DOS SANTOS1, RENATA ROSAL LOPES DA CRUZ1, MONIQUE LÉIA ARAGÃO DE LIRA1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 3. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 4. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 5. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 6. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 7. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 8. USP/RIBEIRÃO PRETO - Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, 9. SES/PE - Secretaria de Saúde de Pernambuco , 10. SES/PE - Secretaria de Saúde de Pernambuco
MARTA_M_FRANCISCO@YAHOO.COM.BR

 

Intro dução: A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa que atinge a pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades. Sua distribuição frequentemente demonstra estreita relação com os espaços de ocorrência, devendo ser considerado um conjunto de fatores que exercem influência para sua produção, como condições ambientais e socioeconômicas. Como ainda representa um problema de saúde pública no Brasil e, em especial, no nordeste do país, é fundamental formular estratégias que visem seu controle a partir da valorização e reconhecimento do território. Objetivo : Descrever a distribuição espacial da hanseníase em Olinda, Pernambuco no ano de 2017. Desenho do estudo : Estudo ecológico. Métodos: Foi realizado com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos e Notificação para o Município de Olinda, onde se incluíram todos os casos novos de hanseníase notificados no ano de 2017, disponibilizados pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Para cada bairro calculou-se o coeficiente de incidência da hanseníase. Foi construído mapa temático por meio do software QGIS. Resultados: Verificou-se que, conforme o mapa de incidência, a distribuição espacial da hanseníase no município não foi uniforme e os bairros com maior proporção de casos no recorte temporal definido foram respectivamente: São Benedito, Santa Teresa, Alto do Sol Nascente, Alto da Conquista, Vila Popular, Sapucaia, Varadouro, Salgadinho e Jardim Brasil. Destaca-se que tais bairros apresentam situação hiperendêmica por apresentarem os parâmetros população geral maior ou igual a 40,0/100mil habitantes. Discussão: O município de Olinda apresenta graus de desigualdade que podem ser percebidos nas diferenças de acesso aos serviços de saúde, educação e habitação. Os bairros identificados espacialmente desvelam uma distribuição heterogênea da hanseníase, sobretudo na área urbana, onde aqueles com maior carência social mostraram-se mais afetados e com características socioeconômicas semelhantes, como chefes de família que possuem renda de até dois salários mínimos. Conclusão: A aplicação de técnicas de geoprocessamento em saúde mostrou-se ser uma ferramenta importante para o planejamento em nível local ao destacar os bairros onde a endemia foi mais relevante e para avaliação do impacto das ações estratégias de combate à doença.

Palavras-chaves: Distribuição Espacial; Hanseníase; Medidas de Ocorrência de Doenças; Monitoramento Epidemiológico. 

 

 



Palavras-chaves:  Distribuição Espacial, Hanseníase, Medidas de Ocorrência de Doenças, Monitoramento Epidemiológico