EXPRESSÃO DO miR122 NA HEPATITE C: PRIMEIROS PASSOS.
MATHEUS MELO HIRSCHLE ¹, RAUL EMÍDIO DE LIMA¹, ANÉSIA BEZERRA DA FONSÊCA¹, LEILA MARIA MOREIRA BELTRÃO PEREIRA¹, PATRÍCIA MUNIZ MENDES FREIRE DE MOURA¹, LUYDSON RICHARDSON SILVA VASCONCELOS¹
1. UPE - Universidade de Pernambuco, 2. CPQAM - FIOCRUZ/PE - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco
matheusmelohirschle@hotmail.com

O miR122 está entre as moléculas descobertas recentemente que medeiam a designação do quadro clínico dos diversos pacientes acometidos pelo vírus da Hepatite C (HCV). Este RNA não codificante é estudado em processos carcinogênicos e fibrogênicos, visto que o mesmo tende a facilitar a replicação viral do HCV de acordo com a literatura, sendo um possível ponto chave para o entendimento do carcinoma hepatocelular (HCC). Objetiva-se quantificar a expressão do miR122 nos diferentes graus de fibrose e HCC, em amostras de tecido e soro, além da caracterização da população acometida pelo HCV no estado de Pernambuco, tratando-se de um estudo transversal com comparação de grupos. A população constitui-se de pacientes acima de 18 anos, de ambos os sexos sem coinfecção viral, divididos nos grupos: I- Fibrose F0-F1-F2, II- Fibrose F3-F4 e III- HCC. Foram obtidas 45 amostras de soro e 12 de tecido hepático (6 tumorais e 6 adjacentes ao tumor), das quais foram realizadas as extrações do RNA total por método de Trizol, com a consecutiva obtenção do cDNA do miR122, seguida do cálculo de expressão relativa ΔΔCt. Testaram-se os resultados por Mann-Whitney e Wilcoxon Test Unpaired. Foi observada redução progressiva na expressão do miR122 quando comparado o grupo de Fibrose F0-F1-F2 em relação ao grupo HCC ( p=0,027 ) nas amostras de soro. No cenário das amostras teciduais, foi observada uma tendência a estabilidade dessa expressão ( p=0,62 ) nos tipos normal e tumoral. Nossos resultados, colaboram com a literatura, apresentando o miR122 como fator protetivo, além de sugerir que não há um foco de expressão do mesmo: preliminarmente, o miRNA encontra-se expresso igualmente tanto nas regiões tumorais como nas livre de tumores, precisando de um n amostral maior para confirmar tal hipótese. Tratando-se de resultados iniciais, podemos concluir que o miR122 pode estar atuando como fator protetor na progressão de fibrose hepática na população pernambucana, bem como sua expressão pode não estar concentrada no tecido tumoral em casos de HCC.

Fomento pela FACEPE por Bolsa do PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC).