STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA) EM SUPERFÍCIES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA GERAL
VALTER ALVINO 1, RODRIGO JOSÉ NUNES CALUMBY1, NATHÁLIA BARBOSA DA SILVA1, JULIANA ALMERINO SILVA1, CAMILA BRAGA DORNELAS1, LUCIANO APARECIDO MEIRELES GRILLO1
1. UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
valteralvinos@hotmail.com

O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é um dos principais patógenos do ser humano, considerado endêmico na maior parte dos hospitais, suscitando em nível significante de morbidade e mortalidade, especialmente em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sua prevalência tem aumentado progressivamente ao longo dos anos e, embora as medidas de controle destinadas a evitar sua transmissão tenham sido iniciadas nos hospitais, sua implementação foi tardia e, como consequência, a transmissão de MRSA se tornou amplamente disseminada. O  presente estudo teve por objetivo avaliar a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em superfícies de uma UTI Geral. Foram analisados cinco pontos (porta de entrada, suporte do soro, leito do paciente, ar condicionado e pia), todos localizados dentro do ambiente da UTI geral de um Hospital público em Maceió/AL. As amostras foram colhidas em uma área de 20 cm 2 utilizando swab estéreil embebido em salina a 0,9% e inoculados em placas de Petri contendo ágar BHI, as quais foram incubadas a 37°C em estufa bacteriológica durante 24 horas. Nas placas que apresentaram crescimento bacteriano as colônias foram quantificadas de acordo com as características morfológicas. Realizou-se a coloração de Gram e os cocos Gram-positivos foram identificados como S. aureus utilizando as provas bioquímicas: catalase e DNAse. As cepas identificadas foram submetidas ao teste de susceptibilidade antimicrobiana utilizando discos de oxacilina (1µg), cefoxitina (30µg), penicilina (10µg), gentamicina (10µg), ciprofloxacin (5µg), vancomicina (50µg), sulfametoxazol-trimetoprim (25µg), ceftriaxona (30µg), cloranfenicol (30µg) e tetraciclina (30µg) . Os resultados foram interpretados de acordo com o CLSI 2018. Foi observado o crescimento de 176 UFC pertencentes à espécie S. aureus , dentre as quais 38 UFC correspondiam a MRSA . Foram caracterizados um total de 13 cepas distintas de S. aureus , sendo quatro (30,8%) dessas identificadas como MRSA. Estas foram isodalas: uma  do ar condicionado, um do suporte do soro, um da pia e um do leito do paciente. Os resultados indicaram que Staphylococcus aureus resistente à meticilina são capazes de permanecer viáveis em superfícies  dentro do ambiente da UTI e podem constituir uma fonte de contaminação, ressaltando, dessa maneira, a importância da desinfecção adequada para este setor além da implantação de progamas de monitoramento da qualidade dos processos de higienização.



Palavras-chaves:  Infecção Hospitalar, MRSA, Staphylococcus aureus, Unidade de terapia intensiva