INTERNAÇÕES POR DOENÇAS PREVENÍVEIS POR IMUNIZAÇÃO E CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CAMPO GRANDE – MS, 2013 A 2017
PATRICIA DE SOUZA BRANDÃO - RAMOS1, SANDRA MARIA DO VALLE LEONE DE OLIVEIRA 1, ALEXANDRA MARIA ALMEIDA CARVALHO PINTO1
1. UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
SANDRINHALEONE@GMAIL.COM

Introdução: A Atenção Primária no Brasil é o foco prioritário das ações de cuidado em saúde. Considerando sua abrangência nacional, em 2008 o Ministério da Saúde definiu a Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária. Esse instrumento é utilizada para avaliação da atenção primária, podendo contribuir na avaliação do desempenho do sistema de saúde nos âmbitos Nacional, Estadual e Municipal. Objetivo: De screver o perfil das internações do Grupo 1 da Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em Campo Grande – MS entre 2013 e 2017. Desenho do estudo: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, retrospectivo, de internações hospitalares obtidas a partir de dados secundários da Autorização de Internação Hospitalar reduzida, do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, Campo Grande – MS, janeiro de 2013 a agosto de 2017. Resultados: Entre janeiro de 2013 e agosto de 2017, em Campo Grande – MS foram realizadas 1.179 internações por doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis . Nas doenças imunizáveis por vacinas, exceto Tuberculose, houve um ligeiro decréscimo dos casos de internações, 57 internações em 2013 e 37 em 2016. Tuberculose, aumentou 17% em quatro anos, 161 em 2013 e 189 em 2016. Internações por Sífilis apresentaram uma tendência de crescimento linear, tendo aumento de 72% entre os anos de 2015 e 2016. A caracterização por sexo apresentou uma maioria de ocorrência de internações no sexo masculino (71,2%). A caracterização por faixa etária mostra que adultos entre 40 e 49 anos que foram os mais internados (19,6%); lactentes com menos de 1 ano foram os menos internados, 24 internações (1,5%). O desfecho apresentou 6 óbitos no período, onde 100% dos óbitos foram por tuberculose. O tempo de permanência das internações variaram entre zero a 83 dias, onde a maior frequência de internações de 8 a 14 dias de permanência, com 350 internações (29,6%). Gastos com internações por tuberculose corresponderam a um aumento de 33% entre 2013 e 2016. Conclusão: Embora futuros estudos mais complexos sejam necessários, a presente pesquisa aponta para um aumento no quadro das internações do Grupo 1 da Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária na capital de Mato Grosso do Sul, apesar dos ganhos irregulares, e indicam que as políticas de saúde devem se voltar para o fortalecimento qualitativo das ações da atenção primária à saúde.



Palavras-chaves:  Atenção Primária à Saúde, doenças transmissíveis, internação hospitalar