LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA: Percepção dos enfermeiros acerca das características clínicoepidemiológicas
JOSÉ VALENTIM BELÉM1, GLAUBERVÂNIO LEITE TAVARES PEREIRA1, MARIA JULIANA FERREIRA DOS SANTOS1, ERYCA ALVES FRANCELINO1, WALKYRIA CAVALCANTE CARVALHO1, FABÍOLA FERNANDES GALVÃO RODRIGUES1, ALESSANDRA BEZERRA DE BRITO1, ANDREA COUTO FEITOSA1, ADALBERTO CRUZ SAMPAIO1, TARCIANA OLIVEIRA GUEDES1, FRANCINILTON APOLINÁRIO DOS SANTOS1, CLARA SAIONARA DE BRITO FRANCELINO NERI1, MAGALY LIMA MOTA1
1. UNILEÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO DR. LEÃO SAMPAIO
magaly@leaosampaio.edu.br

A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) conhecida como Calazar, é uma doença crônica, grave e fatal quando não se institui o tratamento adequado. É causada por Leishmania chagasi, cuja transmissão ocorre através da picada de fêmeas da espécie Lutzomyia longipalpis . Em decorrência da elevação dos casos registrados e do diagnóstico tardio, no município de Mauriti – Ceará nos últimos anos, o presente estudo objetivou verificar a percepção dos enfermeiros acerca das características clinicoepidemiologicas de LVA, tanto profissionais da rede hospitalar quanto das unidades básicas de saúde, além de traçar um perfil epidemiológico da morbimortalidade de LVA. Utilizou-se de uma pesquisa do tipo quantitativa, descritiva e retrospectiva, foram inseridos no estudo todos os pacientes que se encontraram registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica do município, notificados e confirmados com LVA entre os anos de 2013 a 2016 e profissionais enfermeiros (as), que trabalham nas Unidades de Saúde. A coleta de dados foi realizada mediante através da consulta dos mesmos em planilha eletrônica, utilizando para isso um formulário e foram aplicados também um formulário para os profissionais enfermeiros (as). A análise de dados ocorreu com o auxilio do programa Microsoft Office Excel 2010®. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio sob nº CAAE 79350317.7.0000.5048. De acordo com os dados coletados, foram notificados e confirmados um total de 39 casos por LVA entre os anos de 2013 a 2016, que representa uma média de 9,75 casos/ano. O ano com maior morbidade foi 2013, com 14 (35,9%) casos notificados e confirmados, seguido de 2014 com 11 (28,2%), 2015 com 9 (23,1%) e 2016 com apenas 5 (12,8%) casos. Foi possível entrevistar 18 enfermeiros, e, em relação ao perfil, constatou-se que: 83,3% são do sexo feminino e 16,7% do sexo masculino. No que se refere a área de atuação, 61,1% atuam na atenção primária que compreende as UBS’s e 38,9% na atenção secundária. Percebeu-se que os enfermeiros são conhecedores da sintmatologia e que apenas uma pequena amostra se confundiu ao marcar ulcera venosa de membros, como característica da LVA. Através deste estudo pode-se afirmar que os profissionais enfermeiros atuantes no referido município, são capacitados para prestar assistência com clientes acometidos pela LVA, sejam no reconhecimento precoce da sintomatologia, seja nos métodos diagnósticos ou mecanismo de tratamento.



Palavras-chaves:  Enfermeiros, Epidemiologia, Leishmaniose Visceral Americana