PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HIV/AIDS ENTRE IDOSOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA NO CEARÁ
ANTONIO JOSÉ LIMA DE ARAUJO JUNIOR 1, MONALISA RODRIGUES DA CRUZ1, ARTHUR GUILHERME TAVARES DE CASTRO1, RENATA LAIS DA SILVA NASCIMENTO MAIA1, LUIS PEREIRA DA SILVA NETO1, MADALENA ISABEL COELHO BARROSO1
1. ESP-CE - Escola de Saúde Pública do Ceará, 2. HSJ - Hospital São José
antoniojose_jr@hotmail.com

Com o aumento da expectativa de vida e o desenvolvimento da indústria farmacêutica, com medicações que melhoram o desempenho sexual e reposição hormonal, observou-se um aumento da incidência de HIV/AIDS na população idosa no Brasil. Além disso, a invisibilidade existente em relação a sexualidade dos idosos, ocasiona uma falta de abordagem dos profissionais de saúde durante as consultas a respeito dos métodos de prevenção de infecções sexualmente transmissivéis (IST’s) e consecutivamente da contaminação com o vírus HIV. Desse modo, objetivou-se analisar os casos notificados de HIV entre idosos em um hospital de referência em infectologia no Ceará. A pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, de natureza descritiva. A população do estudo foi composta pelos casos notificados de HIV/AIDS no ano de 2017 atendidos em um Hospital referência em doenças infectocontagiosas do estado do Ceará. Os dados foram extraídos do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital. As variáveis relacionadas foram: sexo, faixa etária, evolução do caso e mês de da descoberta/notificação. Após a coleta, os dados foram tabulados utilizando o Excel. A análise dos dados foi realizada por meio de frequência absoluta e relativa. Nesse hospital foram notificados 38 casos de idosos com HIV positivo no ano de 2017. Observou-se que o sexo masculino se sobressaiu (31 - 81,6%), tendo a faixa etária de 63 a 64 anos os indivíduos mais atingidos (31,6%).  O mês de maior ocorrência de notificação foi janeiro (7 - 18,4%) casos. Em relação a evolução do caso foi possível observar que a maioria dos pacientes estavam vivos no período (31 - 81,6%), com registros de óbitos em decorrência da AIDS  (4 -10,5%) mortes por outras patologias (3 – 7,9%). Pode-se notar que apesar do aumento de casos de HIV/AIDS entre a população idosa no Brasil, são poucas as informações acerca da percepção dessa faixa etária em relação a temática. Com isso, se faz necessário um maior enfoque nas campanhas educativas, sendo elas, dirigidas também à população idosa. Além disso, é de suma importância que os profissionais da saúde sejam sensibilizados e capacitados para abordar a questão da sexualidade com essa população, a fim de prevenir a contaminação com o vírus HIV.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, HIV, Idoso