CONHECIMENTO SOBRE FEBRE CHIKUNGUNYA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA NO CEARÁ, BRASIL
ANDREA DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE1,2, FRANCISCO RENAN FERREIRA DE SOUSA1,2, FRANCISCA PATRÍCIA QUEIROZ ALMEIDA1,2, AMARO JOSÉ ANDRADE ALENCAR ALVES DA SILVA 1,2, LUCIANO PAMPLONA DE GÓES CAVALCANTI1,2, LUIZ VALÉRIO COSTA VASCONCELOS 1,2, NICOLE LEOPOLDINO ARRAIS1,2, ISABELLA TIMBÓ QUEIROZ1,2, REBEKA VENTURA PESSÔA PAULA1,2, GEOVANA PRAÇA PINTO1,2, RAFAELA MONTENEGRO AIRES SAMPAIO1,2
1. UNICHRISTUS - Centro Universitário Christus, 2. UFC - Universidade Federal do Ceará
pamplona.luciano@gmail.com

A chikungunya é uma doença de notificação compulsória, causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae e do gênero Alphavirus. No ano de 2017 o Ceará liderou o ranking dos Estados com maior número de casos e em 2018 permanece entre aqueles com maior número de casos reportados. O objetivo desse estudo foi avaliar os conhecimentos sobre a Chikungunya entre estudantes do primeiro semestre do curso de medicina de um Centro Universitário no nordeste do Brasil. Foi realizado um estudo transversal, descritivo e observacional, por meio da aplicação de um questionário semiestruturado contendo 15 questões abordando o entendimento sobre a doença, prevenção, transmissão e características epidemiológicas. O trabalho fez parte da disciplina de Medicina Baseada em Evidências, desenvolvida durante os primeiros meses da formação médica e os dados foram analisados utilizando o software Epi-Info versão 3.5.1. Responderam ao questionário 102/116 alunos (87,9%). Ficou evidenciado que 100% dos alunos reconheceram seu principal vetor, o mosquito Aedes aegypti e a preocupação com o acúmulo de água como fator de risco para presença do vetor. Cerca de 96% dos entrevistados apontaram conhecimento sobre a presença de sequelas a longo prazo; 59% acreditam não ser possível adquirir mais de uma vez a doença; 93% tinham conhecimento sobre a necessidade de notificação compulsória dos casos suspeitos; 63% acreditam não haver transmissão transplancentária; 96% afirmam não haver transmissão entre indivíduos; 93% conheciam alguém que já teve a doença. Diante do panorama epidemiológico de alta incidência no Ceará e apesar do conhecimento prévio sobre a doença demonstrado pelos estudantes, é importante promover debates constantes sobre a temática, com a finalidade de disseminar esclarecer sobre os riscos de uma tripla circulação de arbovírus no Ceará.



Palavras-chaves:  Febre Cikungunya, Estudantes, Medicina