CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DOS ESTUDANTES DE MEDICINA NO CEARÁ, BRASIL
LUIZ VALÉRIO COSTA VASCONCELOS1, GEOVANA PRAÇA PINTO1, ANDRÉA DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE1, ISABELLA TIMBÓ QUEIROZ1, REBEKA VENTURA PESSÔA DE PAULA1, RAFAELA MONTENEGRO AIRES SAMPAIO1, JAYANNE ANTONIA FERREIRA RABELO1, JULIANA GOMES PORTELA1, NICOLE LEOPOLDINO ARRAIS1, LARISSA PINHEIRO BARBOSA1, SUÉLEN BASSO1, LUCIANO PAMPLONA DE GÓES CAVALCANTI1
1. UNICHRISTUS - Centro Universitário Christus, 2. UFC - Universidade Federal do Ceará
pamplona.luciano@gmail.com

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, sobretudo por contato sexual. No ano de 2016, o Brasil registrou 38.090 casos de AIDS, que é uma IST considerada hoje de caráter crônico. O objetivo desse estudo foi avaliar os conhecimentos sobre as IST de estudantes do primeiro semestre do curso de medicina de um Centro Universitário no nordeste do Brasil. Foi realizado um estudo transversal, descritivo e observacional, do tipo inquérito CAP (Conhecimento, Atitude e Prática), por meio da aplicação de um questionário semiestruturado contendo 23 questões abordando o entendimento sobre as doenças, prevenção, transmissão e comportamento epidemiológico das IST. O trabalho fez parte da disciplina de Medicina Baseada em Evidências, desenvolvida durante os primeiros meses da formação médica e os dados foram analisados utilizando o software Epi-Info versão 3.5.1. Responderam ao questionário 100/116 alunos (86,2%). Destes, 63% eram do sexo feminino. Ficou evidenciado que as estudantes do sexo feminino tinham uma vida sexual ativa do que o masculino (59,7% das mulheres x 32,4% dos homens). Em relação aos indivíduos que responderam ter vida sexual ativa, 28 (58,3%) referiram sempre utilizar preservativo, 6 (12,5%) usavam algumas vezes e 6 (12,5%) não referiam seu uso. Quando foram questionados acerca da confiabilidade da eficácia dos preservativos para evitar as IST, 77 (81,9%) responderam que confiavam. Ao serem indagados sobre o constrangimento em procurar orientação médica, caso suspeitassem ter adquirido uma IST, 33 estudantes (33%) responderam que se sentiriam constrangidos. Entre esses, os homens predominaram (40,5%). Ressalte-se, ainda, que ao longo do questionário foi constatado algumas contradições frente às respostas correlacionadas, circunstância que pode revelar um viés de contradição. Em face da alarmante necessidade de orientar, principalmente, os jovens que recentemente concluíram o ensino médio, diante da inocência inerente ao púbere, evidenciando a necessidade de mais ações preventivas, sugerimos que esses temas sejam discutidos por meio de aulas educativas com profissionais da área, médicos ginecologistas e psicólogos para tentar criar uma cultura de atenção em detrimento da banalização da sexualidade.



Palavras-chaves:  IST, Estudantes, Medicina