ABORDAGENS NA REVELAÇÃO DIAGNÓSTICA DO HIV NA INFÂNCIA
BRUNO FELIPE NOVAES DE SOUZA 1, ELIANE ROLIM DE HOLANDA1, FERNANDA VÍVAN DALTRO ALENCAR1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. IFPB - Instituto Federal da Paraíba
bruno-novaes@hotmail.com

Introdução : Com os avanços terapêuticos e diminuição da mortalidade, cresceu o quantitativo de crianças em idade escolar que convive com o HIV/aids. Nesse contexto, outras implicações emergiram no âmbito da saúde a exemplo de como compartilhar o diagnóstico com a criança soropositiva. Objetivo : Discorrer sobre as intervenções utilizadas no processo de revelação diagnóstica de HIV à criança no Brasil. Desenho do estudo : Revisão integrativa da literatura. Método : Realizou-se levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS, CINAHL e SCOPUS. Para a busca, cruzaram-se os descritores controlados “revelação da verdade”, “diagnóstico”, “criança” e “HIV”. Foram incluídos artigos originais sobre a temática, publicados no Brasil, não sendo estabelecido recorte temporal para a busca. A amostra final foi de 9 artigos. Resultados : Para revelação diagnóstica verificou-se que alguns serviços de saúde adotam entrevistas motivacionais, utilização do lúdico, como brinquedo terapêutico, histórias adaptadas e desenhos. Contudo, não apresentam método padronizado, embora, usem intervenções individualizadas por meio do diálogo, destacando elementos como: inclusão da família no processo; educação em saúde em grupos e estratificação de casos para revelação completa, parcial ou não revelação. Discussão : É responsabilidade dos serviços de saúde que tratam crianças com HIV estabelecer uma política de revelação diagnóstica, visto que a descoberta da soropositividade é uma etapa fundamental da assistência, devendo ser gradual e progressiva. Este processo não se encerra com a descoberta em si pela criança devendo incluir o acompanhamento dos seus desdobramentos. A condução planejada favorece, sobretudo, a autonomia no enfrentamento dessa condição de saúde. Destaca-se o brinquedo terapêutico como iniciativa positiva por proporcionar posicionamento participativo, permitir à criança exteriorizar seus sentimentos e medos, capacitando-a para o autocuidado, de acordo com o seu desenvolvimento. Conclusão : A pesquisa evidenciou que, no Brasil, ainda são poucos os estudos que descrevem o desenvolvimento de intervenções que assegurem o atendimento das particularidades da criança no acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV. Esta é, sem dúvidas, uma questão complexa em que se faz necessário estabelecer parceria entre serviço e família a fim de favorecer a adesão ao tratamento.

Palavras-chave : HIV. Revelação da Verdade. Saúde da Criança.



Palavras-chaves:  HIV, Revelação da Verdade, Saúde da Criança