PERFIL DE PACIENTES E EVOLUÇÃO DE CASOS INVESTIGADOS DE INFLUENZA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA NO CEARÁ
RENATA LAÍS DA SILVA NASCIMENTO MAIA1, MADALENA ISABEL COELHO BARROSO1, ANTONIO JOSÉ LIMA DE ARAUJO JUNIOR1, LUÍS PEREIRA DA SILVA NETO1, JÉSSICA KAREN DE OLIVEIRA MAIA1, ANTÔNIO SALVANDI DE OLIVEIRA JÚNIOR1
1. ESP/CE - Escola de Saúde Pública do Ceará, 2. HSJ - hospital São José de Doenças Infecciosas
RENATASNMAIA@GMAIL.COM

A influenza é uma infecção aguda do sistema respiratório, ocasionada por inúmeros vírus,com elevado potencial de transmissão. O quadro apresenta-se com febre alta,dor muscular e tosse seca. As gripes geradas por Influenza propagam-se facilmente e são responsáveis por elevadas taxas de hospitalização, principalmente em idosos,crianças,gestantes e pessoas com doenças crônicas. Nos últimos anos, o estado do Ceará apresenta elevadas taxas de infecção e óbitos por influenza. Assim, objetivou-se descrever o perfil dos pacientes com suspeita diagnóstica por Influenza e verificar a evolução destes casos. Trata-se de estudo transversal, epidemiológico e descritivo no período de janeiro à junho de 2018. Os dados foram extraídos do banco de dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de hospital de referência em infectologia do estado do Ceará. Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel . A análise foi realizada por meio de frequência absoluta e relativa. O hospital registrou o total de 100 casos com suspeita diagnóstica de Influenza no primeiro semestre de 2018, com predominância do sexo masculino (53 - 53%), a maior incidência ocorreu em crianças e adolescentes, delimitados neste estudo entre 0 a 19 anos (55 - 55%). No que diz respeito ao município de origem, a maior parte dos pacientes era da capital (60 - 60%). Quanto à situação clínica, 31% das pessoas foram diagnosticadas com Influenza A (H1N1). Destas, a maioria evoluiu para alta hospitalar (24 – 77,4%). No entanto, grande parte dos casos investigados não possui carga viral detectável nos exames laboratoriais (39 - 39%). Vale ressaltar que dos 12 casos de Influenza que evoluíram ao óbito, a maioria (7 – 58,3%) foi diagnosticada com Influenza A H1N1. Também é relevante notar que os idosos são mais suscetíveis ao agravo da infecção, evidenciado pela elevada quantidade de idosos entre os óbitos (3 – 42,8%). Conclui-se que houve elevada incidência de casos no primeiro semestre de 2018, no qual sexo masculino prevaleceu, tendo como faixa etária 0 a 19 anos. Relacionado aos óbitos, os idosos foram os mais acometidos por este. Dos subtipos de vírus da influenza, tivemos a influenza A responsável pela maioria dos diagnósticos. Diante do exposto, é relevante que ações educativas, intervenções de promoção a saúde como o incentivo a vacinação, sejam realizadas com intuito de reduzir a cadeia de transmissão, principalmente entre os extremos de idade, que estão mais suscetíveis a complicação do caso.



Palavras-chaves:  Vírus da Influenza A, Infectologia, Epidemiologia