Vacina terapêutica como alternativa no tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é capaz de reduzir a carga parasitária em cães naturalmente infectados por Leishmania infantum
SABRINA MASSERON SELL 1, ADRIELI BARBOZA DE SOUZA1, MARY AUDENY TORRES PAULINO1, MARLON ROYER DE MORAES1, ANGELO GABRIEL VIDAL DOS SANTOS1, RODOLFO CORDEIRO GIUNCHETTI1, KELVINSON FERNANDES VIANA1
1. UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, 2. UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
masseronsabrina@gmail.com

Um dos principais objetivos no controle da leishmaniose visceral canina (LVC) tem sido o desenvolvimento de vacinas com alta capacidade de proteção para interromper o ciclo de transmissão do parasito  Leishmania infantum . No entanto, além de promissoras pesquisas de vacinas, pesquisadores têm procurado desenvolver novos medicamentos capazes de eliminar parasitos em humanos e cães. Diante disto, este estudo abordou o desenvolvimento biotecnológico de uma vacina imunoterapêutica em cães naturalmente infectados com  Leishmania infantum . Quatorze cães foram divididos em dois grupos e receberam um protocolo de tratamento imunoterápico com cinco doses de antígenos totais de  Leishmania amazonensis  ou antígenos totais de  L. amazonensis  associados à saponina (LaSap). Todos os animais foram avaliados no tempo zero (antes) e 90 e 180 dias após o tratamento. Foram realizadas análises hematológicas, avaliações bioquímicas hepáticas e renais, sorologia, linfoproliferação e carga parasitária por PCR em tempo real de pele de orelha. Os resultados da imunoterapia com a vacina LaSap foram promissores, uma vez que preservou os parâmetros hematológicos e bioquímicos, melhorou o quadro clínico dos animais, além de, reduzir os níveis séricos de Ig-G, induzir uma linfoproliferação contra antígenos solúveis de  L. infantum  e fornecer uma redução acentuada da carga parasitária após o tratamento imunoterápico com LaSap. Os dados da imunoterapia demonstraram que o LaSap ofereceu a melhor formulação para induzir a cura clínica associada à redução da carga parasitária na pele. No entanto, após 180 dias de tratamento, os animais apresentaram ligeiro aumento no parasitismo na pele, indicando que a imunoterapia não promove a cura esterilizante no cão, mas pode ser capaz de controlar o parasitismo com doses imunoterapêuticas subsequentes. 



Palavras-chaves:  Leishmaniose Visceral Canina, Saponina, Vacina Terapêutica