Vacina terapêutica como alternativa no tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é capaz de reduzir a carga parasitária em cães naturalmente infectados por Leishmania infantum |
Um dos principais objetivos no controle da leishmaniose visceral canina (LVC) tem sido o desenvolvimento de vacinas com alta capacidade de proteção para interromper o ciclo de transmissão do parasito Leishmania infantum . No entanto, além de promissoras pesquisas de vacinas, pesquisadores têm procurado desenvolver novos medicamentos capazes de eliminar parasitos em humanos e cães. Diante disto, este estudo abordou o desenvolvimento biotecnológico de uma vacina imunoterapêutica em cães naturalmente infectados com Leishmania infantum . Quatorze cães foram divididos em dois grupos e receberam um protocolo de tratamento imunoterápico com cinco doses de antígenos totais de Leishmania amazonensis ou antígenos totais de L. amazonensis associados à saponina (LaSap). Todos os animais foram avaliados no tempo zero (antes) e 90 e 180 dias após o tratamento. Foram realizadas análises hematológicas, avaliações bioquímicas hepáticas e renais, sorologia, linfoproliferação e carga parasitária por PCR em tempo real de pele de orelha. Os resultados da imunoterapia com a vacina LaSap foram promissores, uma vez que preservou os parâmetros hematológicos e bioquímicos, melhorou o quadro clínico dos animais, além de, reduzir os níveis séricos de Ig-G, induzir uma linfoproliferação contra antígenos solúveis de L. infantum e fornecer uma redução acentuada da carga parasitária após o tratamento imunoterápico com LaSap. Os dados da imunoterapia demonstraram que o LaSap ofereceu a melhor formulação para induzir a cura clínica associada à redução da carga parasitária na pele. No entanto, após 180 dias de tratamento, os animais apresentaram ligeiro aumento no parasitismo na pele, indicando que a imunoterapia não promove a cura esterilizante no cão, mas pode ser capaz de controlar o parasitismo com doses imunoterapêuticas subsequentes. |