TENDÊNCIA DOS ACIDENTES ESCORPIÔNICOS EM PERNAMBUCO, 2007 A 2016
AMANDA CORREIA PAES ZACARIAS1, MILENA LIMA RODRIGUES 1
1. IAM/ FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães , 2. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
amanda.correia1990@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A importância dos acidentes por animais peçonhentos para a saúde pública pode ser expressa pelos mais de 100 mil acidentes e quase 200 óbitos registrados por ano, decorrentes dos diferentes tipos de envenenamento. Destes, o escorpionismo vem adquirindo magnitude crescente, correspondendo entre 2007 e 2016 a 75,9% das notificações realizadas em Pernambuco (PE), e superando em números absolutos todos os outros tipos de acidente, incluindo os casos de ofidismo. OBJETIVO: Descrever a tendência da ocorrência dos casos de escorpionismo por faixa etária em Pernambuco, entre os anos de 2007 e 2016. DESENHO DO ESTUDO: Foi realizado estudo descritivo ecológico a partir do banco de dados do SINAN do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), retratando uma série histórica com ênfase a distribuição de casos no estado de Pernambuco por faixa etária. MÉTODOS: Os dados foram expressos de acordo com ano de notificação e faixa etária acometida em frequências absoluta e relativa, observando a linha de tendência formada no período analisado para as faixas etárias de: menores de 5 anos, 5 a 19 anos, 20 a 59 anos e acima de 60 anos.  RESULTADOS: Observou-se que no período estudado ocorreram 183.901 acidentes por animais peçonhentos em PE, destes 139.589 (75,9%) foram do tipo escorpiônico. Dentre os acidentes escorpiônicos a população mais acometida refere-se à população economicamente ativa, com idades entre 20 a 59 anos com 38.029 (54,46%) das notificações no período. No entanto, ao observar a linha de tendência entre as faixas etárias estabelecidas observou-se que existe tendência de crescimento na ocorrência de casos entre menores de 05 anos e maiores de 60 anos. DISCUSSÃO: Os achados deste estudo sugerem tendência de crescimento de acidentes escorpiônicos para as faixas etárias consideradas de risco para o agravo que são os menores de 05 anos e idosos, devido a maior ocorrência de óbitos registrados nestes grupos.  CONCLUSÃO: Aponta-se a necessidade de aprimorar as medidas de prevenção e vigilância para os acidentes por animais peçonhentos, com ênfase ao escorpionismo, devido a magnitude da ocorrência do agravo e o aumento na exposição da população da faixa etária de risco para o agravo.



Palavras-chaves:   Acidentes, Animais, Escorpiões