PANORAMA DA OCORRÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO NORDESTE NO PERÍODO ENTRE 2012 E 2016 |
A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum que, de acordo com seus estágios, é classificada em sífilis primária, secundária, latente ou terciária. Doença que, atualmente, volta a chamar atenção pelo número crescente de casos, sua transmissão pode ser por via vertical, transfusional e, principalmente, pela via sexual. A sífilis está relacionada a aspectos sociais, biológicos e culturais, ocorrendo cada vez com mais frequente nas periferias urbanas, onde é possível observar menor nível socioeconômico. Dentre as apresentações da sífilis, a de maior risco e de pior prognóstico é a Sífilis Congênita (SC), onde a bactéria, presente na mãe infectada, é transmitida para o filho por via transplacentária podendo ocasionar aborto, má formação do feto, maior chance de mortalidade neonatal, além da possibilidade de inúmeras sequelas. Para analisar a ocorrência de SC na Região Nordeste do País, foi desenvolvido um estudo transversal descritivo cujos dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e analisados quanto ao estado, ano de notificação e taxa de mortalidade. Nos anos de 2012 a 2016, foram notificados 21.364 casos de sífilis congênita na região Nordeste o que corresponde a 30,14% de todos os casos do país. O Estado do Ceará apresentou o maior índice com 21,70% dos casos da região e a Paraíba, o menor, com apenas 5,07%. Pode-se analisar, também, que durante os anos há um aumento de pouco mais de 70% casos confirmados de SC o que mostra uma necessidade de alerta a população bem como a disseminação de estratégias para a prevenção dessa enfermidade. A taxa de mortalidade nesse período foi de 1,52% tendo seu maior número em Pernambuco, com 88 óbitos. Tendo em vista que a Sífilis é uma doença passível de cura, deve-se atentar ao diagnóstico precoce da doença, na mãe, durante o pré-natal, para que se inicie de imediato, o tratamento e, assim diminua a incidência de casos, agravos e mortalidade. Palavras-chave: Epidemiologia. Vigilância. Sífilis Congênita. |