AVANÇOS E DESAFIOS NAS INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS EM DOENÇA DE CHAGAS
MARIA EDUARDA DIAS CAVALCANTI DIAS CAVALCANTI SANTOS 1, ANDRÉ DE MENDONÇA COSTA GADELHA XAVIER1, GABRIELA SANTOS PACHECO DE LIMA1, IANA RAFAELA FERNANDES SALES1, NATÁLIA GOMES DE SOUZA1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
MEDUARDADCS@GMAIL.COM

A Tripanossomíase Americana ou Doença de Chagas, infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi , é considerada um problema grave de saúde pública no Brasil, visto que afeta primordialmente populações com baixo poder socioeconômico, e possui limitado apoio financeiro para o desenvolvimento de pesquisas científicas. Pode ser transmitida pelo contato com as fezes do Triatoma infestans infectado com o parasito, por transfusão de sangue, por via transplacentária, ou pela via oral. Após confirmação diagnóstica, o tratamento com Benzonidazol deve ser realizado de forma imediata, visando a cura do paciente. Entretanto, ele apresenta uma taxa média de cura parasitológica de 60% na fase aguda e de 5% a 20% na fase crônica, além de causar graves efeitos adversos como neutropenia, agranulocitose, septicemia, púrpura trombocitopênica e alta toxicidade. Esse trabalho trata-se de uma revisão de literatura com o objetivo de identificar as inovações terapêuticas para o tratamento da Doença de Chagas. Para coleta, foram utilizadas as palavras chaves Doenca de Chagas e terapêutica e a pesquisa foi realizada nos bancos de dados Bireme, Lilacs e SciELO e Ministério da Saúde com cruzamento das palavras. Após a análise da literatura disponível, visualizou-se que três estudos apresentaram resultados em camundongos. Um com sucesso no desenvolvimento de uma vacina Brasileira capaz de estimular o sistema imunológico do animal a combater o Trypanosoma cruzi . O outro, no campo dos fitoterápicos, no qual o uso do própolis e resina produzida pelas abelhas, a partir de fontes vegetais, vêm apresentando resultados promissores para o tratamento da doença, e o terceiro, que associou o tratamento convencional à espironolactona, observando, com isso, uma sobrevida de 100%, com benéfica influência na condição motora e exploratória do animal. Outro achado importante foi um novo fármaco, menos tóxico que o Benzonidazol, com resultados no tratamento da doença, feito à base da planta medicinal cervejinha-do-campo ( Arrabidaea brachypoda ) que está sendo desenvolvido pelos pesquisadores da Unesp. Torna-se clara, assim, a necessidade de mais investimento na realização de pesquisas para o tratamento dessa patologia, já que a terapêutica existente é limitada e apresenta diversos efeitos colaterais. Além disso, apesar dos avanços científicos dos novos estudos, eles não são conclusivos, pois, ainda não foram testadas em humanos.

Palavras-chave: Doença de Chagas. Inovação. Terapêutica.



Palavras-chaves:  Doença de Chagas, Inovação, Terapêutica