ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO (2007-2017)
LAURA TAVARES ANTUNES1, ADENIVALDO LIMA FILGUEIRA JÚNIOR1, CÉSAR AUGUSTO SILVA1, DANIELA TURTON LOPES REIS 1, DANIELLE DE ARRUDA COSTA BELTRÃO1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Mauricio de Nassau, 2. UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Franscisco
LAURATAVARESANTUNES@GMAIL.COM

Doença infecto-parasitária causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni , a esquistossomose, inicialmente assintomática, apresenta manifestação clínica que evolui desde uma dermatite leve a infecção crônica. No hospedeiro definitivo, acomete fígado e baço, apresentando via de transmissão através do contato direto com planorbídeos. O presente estudo consiste em uma análise descritiva observacional de dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e objetiva sumarizar a ocorrência de esquistossomose no estado de Pernambuco, assim como, avaliar questões epidemiológicas da doença entre 2007 e 2017. No período pesquisado, observou-se a ocorrência de 10.402 casos distribuídos em 4 macrorregiões de saúde: Metropolitana (78%, n=8.118), Agreste (21,7%, n=2.259), Sertão (0,14%, n=15) e o Vale do São Francisco-Araripe (0,096%, n=10). Além disso, a maior casuística relacionada ao sexo foi ocupada pelo masculino que corresponde a 52,35% (n=5.446) dos casos, relacionado ao comportamento social demonstrado por hábitos de lazer, como pesca e práticas esportivas, em maior frequência. Quanto a faixa etária, adultos entre 20-39 anos constituem o grupo de maior exposição a parasitose pelo contato com água doce e bacias hidrográficas, principalmente, na área metropolitana. Embora detectada em todas as regiões do país, Pernambuco constitui área endêmica e Recife a cidade de maior prevalência no estado (9,91%), devido ao alto índice de enchentes, aumentando o risco de contaminação. No mesmo período, o estado registrou 6.921 casos na zona urbana, evidenciando o deficiente saneamento básico e má higienização da população. Sendo assim, faz-se necessário o conhecimento da incidência da parasitose no estado Pernambucano, uma vez que representa um importante indicativo do nível socioeconômico da população e fornece subsídios para elaboração de novos projetos de prevenção e tratamento dessa doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Esquistossomose, Parasitoses, Pernambuco