PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE NA MACRORREGIÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO-ARARIPE, 2005-2017.
LAURA TAVARES ANTUNES1, ADENIVALDO LIMA FILGUEIRA JÚNIOR1, CAMILLA BRITO PESSOA DE MELO 1, DANIELLE DE ARRUDA COSTA BELTRÃO1, EVELYNE CRISTINE REZENDE ROCHA 1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Mauricio de Nassau, 2. UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Franscisco
lauratavaresantunes@gmail.com

A esquistossomose causada pelo trematódeo ( Schistosoma mansoni) é uma doença parasitaria de registro antigo, constatada em múmias egípcias e trazida para América pelos escravos africanos. Transmitida por caramujos do gênero Biomphalaria, configura um problema de saúde pública persistente no nordeste do Brasil, região de maior prevalência. Nesse contexto, o presente estudo, objetiva sumarizar de modo observacional descritivo os casos de esquistossomose na macrorregião de saúde do Vale do São Francisco e Araripe, Pernambuco. Nesse sentido, baseado na análise de dados do Sistema de Notificação de Agravos (SINAN) e do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), foram notificados 10 casos de esquistossomose entre 2005 e 2017, enquanto o estado ocupou 10.402 casos totais. No período pesquisado, a faixa etária mais prevalente foi entre 40 e 59 anos correspondendo a 40% (n=4), no entanto, todas as demais acima de 5 anos foram atingidas: 5-9 (10%), 10-14 (10%),20-39 (20%), 40-59 (40%),60-64 (10%) e >70 (10%). Em relação a escolaridade, é valido ressaltar que 60% dos portadores da doença apresentavam formação incompleta, evidenciando compatibilidade entre as doenças negligenciadas e as populações de baixa renda e recursos educacionais. Além disso, a maior casuística relacionada ao sexo foi ocupada pelo masculino que corresponde a 60% dos casos, atrelado a exposição destes as coleções de água próximas aos locais de moradia ou trabalho.  Quanto as cidades com maior número de notificações, é possível destacar Santa Maria da Boa Vista (30% dos casos, n=3) e Ouricuri (30% dos casos, n=3), assim como, 60% (n=6) dos casos apresentaram cura. No mesmo período o estado registrou 10.402 casos da parasitose, indicando a disparidade de prevalência entre as macrorregiões que pode estar relacionada a frequente subnotificação e deficiência no serviço de rastreamento eficaz da patologia, visto que a cronificação da doença dificulta a identificação do diagnóstico dos indivíduos e o combate a reinfecção. Sendo assim, a importância fundamental da análise das medidas de vigilância epidemiológica a fim de aclarar a distribuição e os fatores determinantes associados ao desenvolvimento da doença, constroem o soerguimento do nível de saúde das coletividades humanas e dinamizam os meios de divulgação cientifica.

                                                                                                                        



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Esquistossomose, Parasitoses