DERMATÓFITOS: INTERAÇÃO PATÓGENO-HOSPEDEIRO E RESISTÊNCIA A ANTIFÚNGICO |
INTRODUÇÃO : As doenças causadas por dermatófitos são denominadas dermatofitoses, tem ocorrência mundial, havendo prevalência em países de clima subtropical e tropical. São ocasionados por fungos filamentosos dermatofíticos de três gêneros anamórficos: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. OBJETIVO: Analisar a interação patógeno-hospedeiro e resistência a antifúgico pelos dermatófitos. DESENHO METODOLÓGICO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados na Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Revista Científicas de América Latina y el Caribe (Redalyc), utilizando descritores: “Dermatofitoses”, “Fungos”, “antifúngica”, utilizando o operador Booleano AND. A seleção respeitou critérios de inclusão/exclusão artigos disponíveis de forma completa e gratuita, entre os anos 2014 e 2018, em qualquer idioma e com qualquer desenho metodológico. RESULTADOS: Foram encontrados 121 dos quais 9 cumpriram os critérios previamente estabelecidos e foram incluídos na revisão. Os Fungos dermatófitos são queratinofílicos e queratinolíticos, eles possuem grande afinidade por estruturas queratinizadas, como pele, pelos e unhas, e a habilidade de ocasionar micose, está relacionada por essa dependência. Os quadros clínicos mais comumentes de dermatofitose são a despigmentação, placas anulares, prurido e perda de cabelo, lesões cutâneas conhecidas como tíneas, podendo também ocasionar processos inflamatórios, sendo necessário que haja a superação dos mecanismos de defesa do hospedeiro pelos dermatófitos, sendo necessária uma lesão preexistente. O tratamento é realizado com uso de antifúngicos tópicos e/ou sistêmicos, contudo as espécies dermatofíticas vêm desenvolvendo resistência à terapia convencional devido a alterações na interação da droga com o sítio alvo ou com outras enzimas envolvidas na mesma via enzimática, através de mutações pontuais, superexpressão de transportadores ABC e proteínas relacionadas ao estresse. CONCLUSÃO: Portanto, é necessária uma política em saúde mais ativa afim de elaborar medidas de prevenção e controle desses microrganismos, educação em saúde para a população, pois entender o mecanismo de transmissão e possíveis locais de contaminação é importante na implantação de medidas profiláticas. |