PESQUISA DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS NO MUNICÍPIO DE PALOTINA – PR
RICARDO BABINSKI BREGONDE1, VINICIUS DAHM1, CLAUDOMIRO POSTAI1, SILVIA CRISTINA OSAKI 1
1. UFPR - Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina, 2. SESA - Secretaria da Saúde do Estado do Paraná - Núcleo de Entomologia de Guaíra (20ª Regional de Saúde)
silvia_cristinao@yahoo.com.br

Os flebotomíneos são vetores de grande importância na transmissão dos protozoários causadores das leishmanioses, estando amplamente distribuídos por todo o território nacional. De modo geral, são divididos em cinco gêneros e apenas três ocorrem no Novo Mundo ( Brumptomyia ; Lutzomyia e Warileya ), dentre os quais, apenas o Lutzomyia possui o poder de transmissão da zoonose. No Paraná a leishmaniose tegumentar americana é endêmica, porém era um estado livre da leishmaniose visceral, sendo o primeiro caso diagnosticado em cães no ano de 2012 e em humanos no ano de 2015. Diante da importância dessa zoonose, o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de flebotomíneos na cidade de Palotina – Paraná. Foram realizadas coletas mensais em 18 pontos estratégicos dentro do munícipio, onde esses foram escolhidos por possuírem possíveis fatores de risco associados à presença desses vetores, como presença de cães, suínos, aves, matéria orgânica e umidade, e matas presentes na área urbana do município. Os ciclos lunares também foram levados em consideração, e as coletas foram realizadas nas luas minguante e nova, visando a mínima interferência da luminosidade lunar sobre a armadilha. Fez-se o uso de armadilhas luminosas do tipo Falcon, ou também conhecidas como armadilhas luminosas do tipo falcão, com isca luminosa de cor branca. As armadilhas foram instaladas antes do pôr-do-sol e retiradas após o amanhecer na manhã seguinte, onde os espécimes coletados eram mortos com a utilização de clorofórmio. Estes foram contados e sofreram uma pré-classificação entomológica. Após essa etapa, sofreram processo de clarificação, sendo então realizada a classificação entomológica dos mesmos por meio da análise do aparelho copulador dos machos e da espermateca das fêmeas. Dentre o número de insetos coletados até o momento (108.180), foram encontrados somente seis flebotomíneos (0,0055463117%), sendo duas espécimes da espécie Lutzomyia neivai (0,0018487706%), e quatro da espécie Brumptomyia brumpti – Larousse, 1920. (0,0036975411%). A L. neivai é um dos vetores responsáveis pela propagação do Leishmania (V.) braziliensis e B. brumpti não possuem a capacidade de transmissão das leishmanioses. Com isso, conclui-se, que apesar de encontrados, o número desses vetores ainda é muito discreto, e possivelmente não representam um eminente risco a população local atualmente. Esse projeto está em fase de andamento com previsão de término no segundo semestre deste ano.



Palavras-chaves:  Flebotomíneos, Leishmanioses, Vetores