CONHECIMENTO SOBRE HIV/AIDS EM IDOSOS PARTICIPANTES DE GRUPO DE CONVIVÊNCIA DA TERCEIRA IDADE |
Os casos de detecção de HIV/Aids entre os idosos está aumentando e até o ano de 2015 foram notificados 25.794 casos. A população idosa vem crescendo no Brasil estando hoje com cerca de 30,2 milhões de idosos. A medida que este público cresce, avanços tecnológicos como as drogas que melhoram o desempenho sexual, próteses para a disfunção erétil e reposição hormonal para mulheres, são desenvolvidos com um intuito de promover uma melhoria da qualidade de vida e um envelhecimento ativo, porém, a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) não está acompanhando o ritmo desta evolução. Analisar o conhecimento de idosos acerca da Infecção pelo HIV/Aids foi o intenção desta investigação. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo envolvendo 39 idosos participantes de um grupo de convivência da terceira idade da cidade do Recife-PE. Foram excluídos aqueles participantes que não obtiveram score satisfatório no Mini Exame do Estado Mental. Para a construção da pesquisa, utilizou-se o questionário sobre HIV para terceira idade ( QHIV3I ). A maioria dos participantes eram mulheres (92,3%), com idades variando entre 61 a 90 anos, 71,8% católicos, 53,8% viúvos, 69,2% aposentados, 28,2% possuíam vida sexual ativa e 59% informaram ter baixo conhecimento sobre a temática. O maior índice de acertos foi observado no quesito sobre a transmissão por agulhas 100% e o menor (30,8%), a transmissão pela picada de mosquito. 38.5% acreditam que o vírus é transmitido através de sabonetes, toalhas e assentos sanitários e 35,9% pelo abraço, beijo no rosto e beber no mesmo copo. 94,9% informaram que a camisinha impede a transmissão do HIV e que o vírus pode ser identificado em laboratório, 76,9% informaram conhecer a camisinha para as mulheres, porém, 84,6% deles relataram nunca usar camisinha e apenas 28,2% já realizaram o teste para HIV. Em relação ao tratamento, 84,6% informaram que existe e 59% que não há cura até o momento. O nível de conhecimento foi considerado satisfatório. Contudo, observa-se lacunas sobre o conhecimento do HIV/aids, principalmente ao que se refere aos meios de transmissão, evidenciando a falha na educação em saúde voltadas para a temática nesta população. |