ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR
MÔNICA ALICE SANTOS DA SILVA 3, MARIA SANDRA ANDRADE3, SIMONE ANDRADE GONÇALVES DE OLIVEIRA3, CLARISSA MOURÃO PINHO3, EVELYN MARIA BRAGA QUIRINO3, CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS OLIVEIRA DOURADO3, SÉRGIO BALBINO DA SILVA3, CÉSAR DE ANDRADE LIMA3, RAYANNE MODESTO LIMA ANDRADE3
1. UPE - Universidade de Pernambuco, 2. FENSG - Faculdade de Enfermagem N.Sra das Graças, 3. UPE-UEPB - Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade de Pernambuco e Universidade Estadual da Paraíba
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Diversos fatores estão associados à infecção pela tuberculose (TB), tais como imunológicos e sociais, moradia, estilo de vida, infecção pelo vírus da imunodeficiência, viver em situações de rua, ser usuário de álcool e drogas, viver privado de liberdade, crianças, idosos hospitalizados e profissionais de saúde. Observa-se que a prática cultural de automedicação é um dos fatores que contribuem para o retardo do diagnóstico, além disso, a adesão aos tuberculostáticos é outro obstáculo no tratamento da doença devido às reações adversas, o tempo de terapia prolongado e a percepção precoce de cura que acaba fragilizando a adesão e contribuindo para o abandono. A finalidade da pesquisa foi avaliar a adesão aos tuberculostáticos em pacientes com tuberculose pulmonar. Trata-se de uma série de casos, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido em uma policlínica de referência no atendimento às pessoas com TB em Recife, Pernambuco, entre setembro e dezembro 2017. Participaram da pesquisa, 18 pessoas em tratamento, utilizando-se de um questionário sociodemográfico e clínico próprio e a escala de Morisky e Green. Encontrou-se como resultados que a maioria dos entrevistados tinha alta adesão (12; 66,7%) seguido daqueles com média adesão (6;33,3%), apresentando associação significativa apenas entre grau e estado civil (p valor= 0,054). Encontro-se em relação aos classificados como alta adesão, a predominância do sexo masculino (10; 76,9%),com faixa etária ≥ 50 (5; 83,3%), com 3 ou mais filhos (5; 83,3%), que se encontravam aposentados (4; 100%), com ≥9 anos de estudo (6; 75%), casados/divorciados (6; 100%), com domicílio próprio (4;100%), recebendo mais de 1 salário mínimo (4;100%), que não faziam uso de bebida alcoólica (11;78,6%), não consumiam tabaco (9;75%), e que faziam uso de drogas ilícitas (3; 75%). A literatura evidencia como fatores de risco para a não adesão, o baixo poder aquisitivo, desemprego, o analfabetismo e a baixa escolaridade, o uso de álcool/tabaco e outras drogas, ser do sexo masculino, solteiro, não ter domicílio próprio ou se encontrar em situação de rua, além do tratamento prolongado. Conclui-se que a adesão ao tratamento da tuberculose é multifatorial, necessitando de consolidação da rede de apoio aos doentes e fortalecimento da relação de confiança entre usuários e profissionais de saúde, além de melhorias sociais coletivas e permanentes.



Palavras-chaves:  Tuberculose Pulmonar, epidemiologia, adesão à medicação