PERFIL DOS RESULTADOS EM TESTES RÁPIDOS PARA HIV: UMA ANÁLISE NA UBS JOSÉ ARAÚJO SILVA (MACEIÓ, ALAGOAS)
CAMILA HONORATO ALBUQUERQUE TORRES 1, ANNE ROSE MARQUES DOS SANTOS1, BÁRBARA MORAES SANTOS1, CYNTHIA DANNIELLE WANDERLEY DA ROCHA1, KEROLAYNNE TAVARES BEZERRA MOTA1, ROBERTA LAYS DA SILVA RIBEIRO1
1. UNIT AL - Centro Universitário Tiradentes
honorato@ualberta.ca

Identificar, em tempo hábil, a positividade para a sorologia do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) proporciona o início do tratamento precoce, com consequente redução da evolução para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), aumento da expectativa de vida e diminuição da transmissão do vírus. Nesse contexto, os testes rápidos para investigação de doenças infectocontagiosas surgem como uma ferramenta de imensa utilidade para a detecção eficaz do HIV, tanto pela rápida execução e resultado quanto pela facilidade de realização. A análise teve como objetivo avaliar a configuração do desfecho em testes rápidos para o HIV em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na capital alagoana. Dessa forma, foi feita uma pesquisa documental na unidade de saúde analisada, em que foram coletados dados da quantidade total de testes rápidos feitos entre janeiro de 2016 e maio de 2018 disponibilizados pela Coordenação Geral de Epidemiologia do Programa Municipal de Prevenção e Controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Nesse período, foram realizados 2.343 testes para HIV, sendo 23 reagentes no primeiro teste e 17, no confirmatório. Um importante adendo é que nos primeiros 5 meses de 2018 já foram confirmados 7 casos positivos com o teste confirmatório, enquanto que em todo o ano de 2016 e 2017 foram constatados 5 casos em cada, somente. Tal fato reflete um aumento da incidência de casos nessa UBS, seguindo um padrão que é visto em âmbito nacional: no período entre 2007 e junho de 2017 foram notificados 194.217 casos de infecção pelo HIV no Brasil, atingindo principalmente a faixa etária entre 20 e 34 anos (responsável por 52,5% do total de casos). Esse aumento pode ser reflexo do aumento da promiscuidade entre os jovens e da falta de uso de preservativo nas relações sexuais, tendo em vista que a existência de tratamento, queda da mortalidade e menor divulgação na mídia da AIDS (quando comparada a década de 1980-90) reduziu a preocupação entre este grupo quanto à infecção pelo HIV. Assim, políticas de prevenção e exposição de esclarecimentos acerca da gravidade da infecção pelo HIV e do desenvolvimento da AIDS precisam ser atualizadas e postas em prática com mais vigor, particularmente com foco na população jovem.



Palavras-chaves:  Testes rápidos, HIV, Atençăo Básica