ADOLESCÊNCIA E VULNERABILIDADE AO HIV/AIDS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
CAMILA HONORATO ALBUQUERQUE TORRES 1, ANNE ROSE MARQUES DOS SANTOS1, BÁRBARA MORAES SANTOS1, KEROLAYNNE TAVARES BEZERRA MOTA1, LIVIA GOMES RIBEIRO1, ROBERTA LAYS DA SILVA RIBEIRO1
1. UNIT AL - Centro Universitário Tiradentes
honorato@ualberta.ca

Ações de educação em saúde com jovens são muito relevantes para a atual situação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) no Brasil, com registro de mais de 800 mil pessoas convivendo com essa patologia. Apenas entre 2007 e junho de 2017 foram notificados 194.217 casos de infecção pelo HIV no país, a maioria atingindo jovens entre 20 e 34 anos. Esses números são reflexos de uma mudança no panorama das infecções sexualmente transmissíveis (IST), que deixaram de ser uma preocupação entre jovens e adolescentes. A ação teve como objetivo a abordagem do eixo temático HIV/AIDS com um grupo de 60 alunos da terceira série do ensino médio da Escola Estadual Professora Mirian Marroquim de Quintella Cavalcante (Maceió, Alagoas). Acadêmicos do curso de Medicina elaboraram uma apresentação de slides lúdica sobre o assunto, de forma a abrir espaço para diálogo com os estudantes, além de promover um lanche coletivo e distribuir preservativos (masculinos e femininos) como forma de reforçar a necessidade de prevenção. O grupo ministrou uma palestra de 90 minutos sobre a infecção pelo vírus HIV e o desenvolvimento da AIDS, identificando e abordando os principais nós críticos com relação ao eixo temático, através de pesquisas bibliográficas e diálogo com profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) José Araújo Silva. O grupo utilizou linguagem acessível durante a atividade, assumindo também postura de seriedade e buscando criar um ambiente livre de julgamento, de forma a promover uma troca ativa de experiências no grupo. Os alunos da escola foram bastante receptivos e, surpreendentemente, participativos durante a atividade. Durante toda a ação houve horizontalidade na transmissão do conhecimento, com muitos questionamentos originados de diversos alunos, tanto meninos quanto meninas. As dúvidas, por sua vez, abordavam comportamentos heterossexuais e homossexuais, evidenciando homogeneidade na participação do grupo, bem com conforto para dialogar com os acadêmicos de medicina. Observou-se evidente desconhecimento do público-alvo sobre a forma de transmissão do vírus, como realizar a prevenção, onde e como é realizado o teste rápido e, particularmente preocupante, sobre a seriedade da infecção pelo HIV/AIDS. Surge daí a necessidade de mais ações desse tipo em escolas, na tentativa de esclarecer a imperatividade do uso de preservativos durante as relações sexuais e educar os jovens sobre sinais, sintomas e consequências das IST.



Palavras-chaves:  AIDS, HIV, Prevenção