ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA SÍNDROME LIPODISTRÓFICA EM INDIVÍDUOS COM HIV/AIDS
HEMELLY RAIALLY DE LIRA SILVA 1, JOSÉ RICARDO MONTEIRO TRAJANO1, MARIA MIKAELLY DE ANDRADE SILVA1, NÍVEA ALANE DOS SANTOS MOURA1, PATRÍCIA AYANNE DE OLIVEIRA SILVA1, ISABELA LEMOS DA SILVA1, MARCIELLE DOS SANTOS SANTANA1, DAYANA CECÍLIA DE BRITO MARINHO1, KÁTIA CAROLA SANTOS SILVA1, SILVIA MARIA DE LUNA ALVES1, GILSON NOGUEIRA FREITAS1, RAQUEL DA SILVA CAVALCANTE1, LARISSA FARIAS BOTELHO1, LARYSSA GRAZIELLE FEITOSA LOPES1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
HEMELLY_LIIRA@HOTMAIL.COM

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) o qual é um retrovírus, pode ser transmitido por diversas vias, sendo estas a via sexual, parenteral ou vertical. A AIDS não possui cura, mas o uso de terapia composta por antirretrovirais podem retardar o surgimento dos sintomas e contribuem para a redução da morbimortalidade associada à infecção pelo HIV. Dentre os efeitos adversos relacionados ao uso da terapia antirretroviral, tem-se a síndrome lipodistrófica, caracterizada por alterações no tecido lipídico, aumento no nível de triglicérides e redução dos níveis de HDL, que contribuem para o desenvolvimento de alterações metabólicas, psicológicas, físicas e sociais. A atuação da enfermagem para o incentivo à mudança de hábitos de vida é crucial no controle das manifestações relacionadas à AIDS e aos efeitos adversos gerais. Objetivou-se resgatar na literatura como tem sido a abordagem interdisciplinar no tratamento da síndrome lipodistrófica em portadores de HIV/AIDS. Trata-se de um estudo descritivo observacional do tipo revisão de literatura. Utilizou-se 15 artigos das bases de dados: Periódicos capes e Scielo. Usou-se como critérios de inclusão: Artigos científicos com ano de publicação entre 2013 e 2018, escritos em português, sendo eliminados artigos cuja pesquisa não era voltada para a síndrome lipodistrófica. Notou-se que além dos cuidados básicos prestados à pessoa com HIV/AIDS, recomenda-se a mudança nos hábitos de vida, estando entre estes à adesão a prática de exercícios físicos, como terapia adjuvante no controle dos sintomas desencadeados pela infecção viral e uso dos antirretrovirais, entre eles a lipodistrofia. Pôde-se observar que após aproximadamente 12 semanas de exercícios, os pacientes apresentavam melhora do quadro da lipohipertrofia, da composição corporal, do metabolismo, aumento da resistência muscular e cardiorrespiratória, além de melhora no sistema imunológico. Diante disso, torna-se perceptível a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar, para o tratamento dos sintomas adversos causados pelo uso da terapia antirretroviral, e sua contribuição para o bem-estar biopsicossocial, da pessoa portadora de HIV/AIDS.



Palavras-chaves:  Exercício, Lipodistrofia, Síndrome de imunodeficiência adquirida