AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE ERUCISMO NO ESTADO DA
PARAÍBA/BRASIL NO PERÍODO DE 2010-2017
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Introdução: Os animais peçonhentos são aqueles que apresentam a capacidade de injetar em suas presas, uma substância tóxica produzida em seu organismo. Dentre os principais acidentes envolvendo animais peçonhentos, existe o erucismo, que consiste na inserção de toxinas na pele, após o contato direto com cerdas de lagartas. No Brasil, as espécies que pertencem a família Megalopygidae e Saturniidae são as que mais provocam esse tipo de acidente. Dessa forma, é possível observar em pacientes acometidos quadros de dermatite urticante, dor, queimação, eritema, edema, prurido e em alguns casos bolhas e erosões. Objetivo: O presente estudo propõe, registrar a incidência de casos de erucismo no estado da paraíba no período de 2010 a 2017. Desenho do estudo: Foi realizado um estudo baseado em revisão de literatura. Métodos: Foi elaborada uma pesquisa de literatura envolvendo estudos publicados de 2010 a 2017, indexados nas bases de dados do ministério da saúde, SciELO, PUBMED e periódicos da CAPES. Resultados: Durante o período de 2010 a 2017, foi observado o total de 193 casos no estado da Paraíba. Entretanto, nos anos de 2013 e 2014 foi demonstrado uma diminuição significativa de casos confirmados para o erucismo, quando comparado com o ano de 2012. Em contrapartida, entre o período de 2015 a 2017 a quantidade de acidentes aumentou subitamente, sendo o ano de 2017 o que evidenciou o maior número de acidentes, equivalendo a um total 50 casos notificados. Principalmente, nos meses de maio e junho apresentando 8 e 16 casos, respectivamente. Discussão: Alguns estudos relataram, que a presença desse animal em zonas residenciais está diretamente relacionada a fatores de desmatamento, queimadas e extermínio predadores naturais do mesmo. Em vista disso, a população mais acometida são os que realizam atividades ocupacionais voltadas a jardinagem, trabalhadores rurais e crianças. Conclusão: A incidência de casos de erucismo no estado da Paraíba aumentaram consideravelmente, principalmente durante o ano de 2017. Tendo em vista, que a ausência de cuidado ao manusear plantas, folhas e frutos em ambientes silvestres é a principal causa de acidentes. O tratamento para esse tipo de agravo desse ser realizado imediatamente, para que não haja prejuízo na qualidade de vida do paciente e para coibição de complicações futuras. |