INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE CHALCONAS CONTRA Aedes aegypti
BEATRIZ DE CARVALHO MARQUES 1, ISABELLE AKEMI TABA KANASHIRO1, MARIANA BASTOS DOS SANTOS1, LAILA SALMEN ESPINDOLA DARVENNE 1, LUIS OCTAVIO REGASINI1
1. UNESP/IBILCE - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2. UNB - Universidade de Brasília
bbiacarvalho@outlook.com

Aedes aegypti é um mosquito-vetor predominantemente urbano que utiliza recipientes artificiais lênticos para sua reprodução. Tal inseto é popularmente conhecida por transmitir doenças virais importantes, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela, todas com ampla distribuição tropical, responsáveis por milhares de infecções e óbitos anualmente. Como resultado disso, diversas pesquisas têm sido desenvolvidas como alternativas no controle de Aedes aegypti , destacando-se a procura por substâncias inseticidas. As chalconas constituem uma classe de substâncias amplamente distribuídas na natureza e que exibem inúmeras atividades biológicas, incluindo inseticida. Assim, esse trabalho objetivou a síntese e avaliação da atividade inseticida de dezesseis chalconas contra larvas L3 de Aedes aegypti . Para a obtenção das chalconas foram empregadas reações de condensação de Claisen Schimidt, seguida de purificações por métodos cromatográficos e identificação estrutural por RMN. Para o teste larvicida, dez larvas do terceiro estádio foram transferidas para placas de 12 poços contendo água. Cada uma das chalconas foi solubilizada em DMSO e adicionada aos poços na concentração de 25 µg/mL em quadruplicata. Bacillus thuringiensis israelensis (inseticida biológico desenvolvido para controlar as larvas de Aedes aegypti ) foi empregado como controle positivo. A temperatura da água foi mantida entre 25 a 28 °C com fotoperíodo de 12 horas. Foram consideradas mortas as larvas que não reagiram ao serem estimuladas.  Se mais de 10% das larvas se transformassem em pupa durante as primeiras 24 horas, o experimento seria descartado e repetido. Para a análise da atividade, foram registradas as porcentagens de mortalidade em 24 e 48 horas, sendo a morte das 40 larvas (teste em quadruplicata) considerada 100% de mortalidade. Das dezesseis chalconas avaliadas, três apresentaram 100% de morte das larvas L3 de Aedes aegypt em apenas 24 horas e seis apresentaram 82% de morte das larvas L3 em até 48 horas. Os resultados corroboram a atividade inseticida das chalconas, indicando potente atividade contra Aedes aegypt , fomentando o desenvolvimento de novas substâncias ativas contra e sse vetor, a fim de controlar as arboviroses transmitidas por ele.

 



Palavras-chaves:  Aedes aegypt, arboviroses, chalconas