MONITORAMENTO DA FEBRE AMARELA EM PRIMATAS NÃO - HUMANOS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE - PE
DANIELA BANDEIRA ANASTACIO 1, SILVANA LEAL1, CLAUDENICE RAMOS PONTES1, WELLINTON TAVARES DE MELO1, GEORGE DIMECH1, RITA CARVALHO MAIA1
1. SES - PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
daniaedes@hotmail.com

A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa grave não contagiosa causada por um arbovírus da família Flaviviridae. A principal forma de transmissão no Brasil decorre do ciclo silvestre tendo como principais vetores mosquitos dos gêneros Haemagogus spp. e Sabethes spp. que afetam, predominantemente Primatas Não Humanos (PNH) tendo nos seres humanos hospedeiros acidentais. No Brasil as espécies de PNH mais frequentemente implicadas pertencem ao gênero Cebus, Alouatta e Callithrix que atuam como hospedeiro. No Brasil entre Julho/2017 e maio/2018, foram notificados 6.565 casos suspeitos e confirmados 1.257 casos destes, com 394 óbitos. No Nordeste houve registro 123 suspeitos, com maior ocorrência no PI e na BA, sem confirmações. Nessas UF também foram notificados 610 epizootias suspeitas em PNH. Tendo em vista a ausência de informações sobre a possível circulação viral da Febre Amarela no estado, tem-se como objetivo deste trabalho apresentar a analise descritiva dos casos de epizootias em PNH registrados na Região Metropolitana do Recife, composta por 15 municípios, no período de Janeiro a maio de 2018. Para isso foram utilizados os dados secundários provenientes das bases de dados do SINAN e do formulário eletrônico (FormSus) desenvolvido para notificação de epizootias em PNH, em PE, assim como os resultados da investigação executada pelas equipes da SES-PE e parceiros. Nenhum dos animais investigados estava vivo no momento da notificação, não havendo nenhum procedimento de captura ou eutanásia pelas autoridades sanitárias. No período sob estudo foram registradas 26 epizootias em PNH, destes foi possível realizar 19 diagnósticos laboratoriais. Em sete exemplares não foi possível realizar coleta de amostras de vísceras, devido ao avançado estado de decomposição. Todos os primatas pertencem ao gênero Callithrix . As amostras foram encaminhadas ao laboratório de referência nacional para análise e identificação do vírus amarelínico. Até o momento foram liberados cinco resultados, todos negativos para o vírus da FA. De acordo com o período analisado podemos concluir que até o momento não existe indícios da circulação do vírus da FA circulando na RMR nas amostras coletadas. Não houve investigação da circulação viral da FA em mosquitos.



Palavras-chaves:  Febre Amarela, Primatas Não - Humanos, Região metropolitana do Recife