CONTAMINAÇÃO POR ENTEROBACTÉRIAS EM SASHIMIS DE SALMÃO COMERCIALIZADOS EM SHOPPINGS DA REGIÃO CENTRO-SUL DE MANAUS-AMAZONAS
BRENDA KAROLINE ALVES DE SOUZA 1, ADRIA TRINDADE DE OLIVEIRA FREIRE1, LEONARDO ROLIM1, FELIPE LEÃO GOMES MURTA1
1. FAMETRO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
brendak.alves@hotmail.com.br

Nos últimos anos no Brasil, houve um aumento da procura e consumo de produtos da culinária japonesa, que é conhecida por servir pratos in natura como o sashimi. Por ser um alimento consumido cru e pela alta manipulação durante o seu preparo, existe um o risco desse alimento causar doenças como as gastroenterites. Dentre os agentes etiológicos mais associados a surtos alimentares estão as enterobactérias que habitam no intestino de humanos e animais e podem ser facilmente transmitidas ao alimento durante a fase de preparo. Este trabalho teve como objetivo avaliar a presença de enterobactérias em amostras de sashimis de salmão comercializados em dois shoppings da região Centro-Sul de Manaus, Amazonas. Trata-se de um estudo transversal. Foram coletadas uma amostra de sashimi por semana de cada estabelecimento, denominados como R1 e R2, durante o período de cinco semanas. As dez amostras totais foram levadas ao laboratório e uma porção de 25 gramas de cada foi separada para avaliação microbiológica. As amostras foram cultivadas em meios de cultura ágar Salmonella-Shigella e ágar Eosina Azul de Metileno, por 24 horas a 37°C. Para colônias suspeitas realizou-se posteriormente a série bioquímica IAL-Rugai. Foram identificadas as seguintes enterobactérias nas dez amostras analisadas Escherichia coli (34,4%), Klebsiella spp. (22,2%), Morganella spp. (16,65%), Enterobacter sp. (11,1%), Salmonella enterica sorovar Typhi (11,1%) e Acinetobacter spp. (5,55%). A presença dessas bactérias em alimentos é um indicativo de contaminação fecal. Assim como no presente estudo, estudos similares analisaram a presença de enterobactérias em superfícies inanimadas usadas no processo de manipulação de alimentos, e detectaram a presença de Escherichia coli e Klebsiella spp. Os autores sugerem que os estabelecimentos que vendem alimentos devem instruir os funcionários sobre boas práticas de limpeza. Contribuindo assim para minimizar os riscos de contaminação por bactérias patogênicas. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que os restaurantes R1 e R2 encontram-se com baixos níveis de controle higiênico-sanitários e processamento dos pescados, o que acarreta riscos para a saúde de seus clientes e uma preocupação grande para a Saúde Pública perante a crescente demanda por estabelecimentos que comercializam comida a base de pratos crus.



Palavras-chaves:  Culinária japonesa, Enterobactérias , Gastroenterites, Salmonella enterica, Sashimis