DISTRIBUIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE NA BAHIA EM 2018 |
O surto de dengue e o aumento das taxas de incidência são resultantes do crescente aumento da população em aglomerados urbanos e pela falta de planejamento a partir de um plano diretor eficiente. O objetivo do presente estudo é verificar e analisar a distribuição especial da dengue na Bahia. Trata-se de um estudo documental e epidemiológico, caracterizando-se como descritivo, exploratório e quantitativo. Foram analisados boletins epidemiológicos de março de 2018 do DIVEP- SISUVA, emitido pela Secretária de Saúde da Bahia para que fosse possível obter os dados epidemiológicos descritos abaixo. E foram utilizados ainda as bases de dados Scielo e PubMed para descrever conceitos e discutir os resultados. No que diz respeito a dengue, até Semana (SE) 11 (13/03/2018), 516 (31,65%) casos foram classificados como dengue clássico, 386 (23,68%) foram descartados e 726 (44,53%) permanecem em investigação, sem classificação final (Ignorado/Em branco). Destaca -se que 05 casos foram notificados a DIVEP como dengue com sinais de alarme, sendo que apenas 02 estão registrados no SINAN on line, e 01 caso notificado como dengue grave, não estando registrado no SINAN on line. Não há notificação de óbito por dengue no período em análise. Após análise das amostras sanguíneas, constatou-se que nas cidades de Amélia Rodrigues, Anguera, Lauro de Freitas, Santa Maria da Vitória, Ibipitanga, Macaúbas, Itabuna, Conceição do Jacuípe, Ibotirama, Tanque Novo, Barreiras, Riachão do Jacuípe tiveram apenas um caso confirmado. O municípios de Ilhéus e Wenceslau Guimarães com 2 casos confirmados. Riacho de Santana e Santo Estevão com 3 casos confirmados. Salvador e Feira de Santana com 10 casos confirmados. Pé de Serra com 7 casos confirmados. O município de Teixeira de Freitas com 132 casos confirmados. E o que mais chamou a atenção foi o município de Bom Jesus da Lapa com 344 casos confirmados. Em 2018, os casos suspeitos de dengue no SINAN (1.244) representam uma redução de 71,4%, comparando-se ao mesmo período do ano anterior, quando foram notificados 4.349 casos. Essa constatação reforça a necessidade de intensificação das ações de controle vetorial nesse último município, aliado a definição de estratégias conjuntas com a assistência para manejo clínico e classificação de risco dos pacientes com suspeita de dengue, com definição de fluxos assistenciais visando a prevenção de casos graves e óbito. |