SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUITOSSOMOSE NA BAHIA: UMA ANÁLISE DOS DADOS DE GESTÃO
ANA MARIA FERNANDES MENEZES1, NILSON PEREIRA RAMOS1, TARCÍSIO VIANA CARDOSO1, LUÍSA MAGALHÃES ARAÚJO1, CARLOS MAGNO SANTOS CLEMENTE1
1. UNIFG - Centro Universitário FG
anamaria_amfm@hotmail.com

A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária muito comum na região Nordeste do Brasil. Consiste em uma das doenças infecciosas mais prevalentes no mundo, com estimativa de mais de 200 milhões de pessoas acometidas anualmente. É uma parasitose muito frequente e prevalente na Bahia, o que leva a questionar: qual a situação epidemiológica da distribuição da doença nesse estado? A pesquisa se justifica porque atualmente a doença é uma das parasitoses com mais alta prevalência no Brasil, além de consistir um grave problema de saúde pública. Do ponto de vista prático, este estudo pode contribuir com dados para melhorias no processo de gestão e controle da doença. A presente pesquisa objetivou analisar a situação epidemiológica da Esquistossomose na Bahia por meio de uma análise de dados da gestão estadual. Trata-se de um estudo analítico e quantitativo baseado em dados agregados e secundários. Foram utilizados dados em séries históricas atualizados no mês de abril de 2018. Para análise espacial, utilizou-se o Sistema de Informação Geográfica – SIG. Percebe-se no estudo que do total de municípios existentes no estado, aproximadamente 70% estão em área de risco para a doença. Dados recentes de 2017 apontam que dos municípios que realizaram a busca ativa, 82,5% foram positivos para esquistossomose. Em relação ao tratamento, no estado da Bahia, no período de 2004 a 2017 os dados apontam que o ano de 2006 foi o que obteve a melhor cobertura com 91,2% dos casos tratados, nos anos posteriores houve um decréscimo significativo no percentual de tratamento -8,9%. Os dados obtidos através do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) apresentaram a esquistossomose como uma causa prevalente de óbitos no estado da Bahia mantendo uma média de 57 óbitos por ano durante o período estudado. A esquistossomose mansoni continua sendo um grave problema de saúde pública na Bahia, mesmo após tantos anos de seu surgimento no estado. Foi entendida como necessária e obrigatória a educação em saúde, tendo em vista o número ainda elevado de casos. Os dados do estudo demostraram o quão preocupante é o número de óbitos registrados para a doença no estado, sendo esses de fundamental importância como ferramenta para que os gestores formulem políticas de prevenção e controle mais específicas, bem como a adoção de medidas profiláticas e melhores condições de saneamento básico.



Palavras-chaves:  Brasil, Epidemiologia, Esquistossomose