Beauveria bassiana EM COMBINAÇÃO COM O ÓLEO ESSENCIAL DE Eucalyptus globulus NO CONTROLE DE Lutzomyia longipalpis
RAFAELA LIRA NOGUEIRA DE LUNA 1, DÉBORA ELIENAI DE OLIVEIRA MIRANDA1, SINVAL PINTO BRANDÃO FILHO1, FILIPE DANTAS TORRES1, LUCIANA AGUIAR FIGUEREDO1
1. IAM - Instituto Aggeu Magalhães
rafaelalira.luna@hotmail.com

As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania , transmitidos através da picada da fêmea de flebotomíneo infectada. Beauveria bassiana é um fungo com potencial para atuar no controle biológico de importantes artrópodes vetores de patógenos. Phlebotomus papatasi , vetor de Leishmania major , e Lutzomyia longipalpis , principal vetor de Leishmania infantum , são suscetíveis a B. bassiana . Além disso, estudos recentes demonstraram que os óleos essenciais de Eucalyptus spp. possuem propriedades inseticidas contra L. longipalpis . O controle biológico desses vetores reduziria a utilização de inseticidas químicos, resultando em benefícios para saúde das populações e do meio ambiente. Dessa forma, o presente trabalho objetivou avaliar o controle biológico de L. longipalpis utilizando B. bassiana em combinação com óleo essencial de Eucalyptus globulus . Para tanto, coletaram-se espécimes de L. longipalpis (n=200) utilizando armadilhas luminosas. Os tratamentos foram realizados com B. bassiana (10 7 esporos/ml) e E. globulus (4 mg/ml), isoladamente ou em combinação. Além disso, utilizou-se água destilada e cipermetrina (0,1%) como controle negativo e positivo, respectivamente. As formulações foram preparadas com adição de tween 40 (0,1%), exceto o controle negativo. Observou-se que o tempo de sobrevivência dos grupos testes foi inferior ao do controle negativo. Além disso, os espécimes tratados com B. bassiana , isoladamente ou em combinação com o óleo essencial, apresentaram um menor tempo de sobrevivência em relação ao grupo tratado apenas com E. globulus . Dessa forma, os resultados demonstraram que a B. bassiana pode ser uma potencial ferramenta para o controle biológico de L. longipalpis , mas que a utilização de E. globulus em combinação não potencializou o seu efeito patogênico sobre os flebotomíneos. Futuros estudos devem ser encorajados para avaliação da eficácia de formulações à base de B. bassiana em condições de campo.



Palavras-chaves:  Controle Biológico, Eucalipto, Flebotomíneo