ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DE PRÉ-NATAL PARA PREVENÇÃO DE SÍFILIS NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
JANETE PEREIRA CIRILO DA SILVA¹, MARIA LÚCIA DUARTE PEREIRA¹, CARLA SUELLEN PIRES DE SOUSA¹, NATÁLIA PIMENTEL GOMES SOUZA¹, RAELLY RAMOS CAMPOS XIMENES¹, ALINE LIMA BRITO ¹
1. UECE - Universidade Estadual do Ceará, 2. PPCCLIS - UECE - Universidade Estadual do Ceará, 3. UFC - Universidade Federal do Ceará, 4. HC/UFPE/EBSERH - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
aline.limabrito@hotmail.com

Introdução: a sífilis é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica ocasionada pelo treponema pallidum. Apresenta-se como um desafio a saúde pública em todo o mundo. Sua transmissão ocorre pela via sexual (sífilis adquirida) e vertical por meio da placenta da mãe para o feto (sífilis congênita). Outros meios de transmissão são por meio da via indireta ou através de transfusão sanguínea. Objetivo: identificar através de literatura científica já publicadas como atuam os profissionais de enfermagem no acompanhamento de pré-natal para prevenção de sífilis na gestação. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão integrativa, utilizou-se três bases de dados eletrônico: Literatura latino-americana e do caribe em ciências da saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Bases de Dados da Enfermagem (BDENF), cuja amostra resultou em 20 artigos, selecionados conforme os seguintes critérios de inclusão: descrição em português, apresentação completa do texto e período de publicação compreendido entre 2009 a 2017, utilizando os descritores: sífilis, gestação, assistência de enfermagem. A revisão mostrou que a maioria dos artigos pesquisados contextualizam a temática mediante a apresentação de conceitos, dados estatísticos e epidemiológicos de relevância para a saúde pública, descrevendo a problemática, as estratégias de enfrentamento e a assistência de enfermagem. Resultados: dentre os resultados analisados, os autores pesquisados revelaram que a maioria das mulheres infectadas são identificadas durante a gestação ou no momento do parto. Os artigos mostram que as atuais recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento da sífilis durante o pré- natal devem ser realizadas na primeira consulta, ainda no primeiro trimestre, e no terceiro trimestre da gestação. Discussão: alguns autores, por sua vez, destacam que embora seja realizado o diagnóstico, diversas falhas foram observadas na condução terapêutica incluindo: início tardio do pré-natal, quebra na continuidade do cuidado com mudança de unidade de saúde durante a assistência, dificuldades no diagnóstico da sífilis durante a gestação, a não adesão ao tratamento por parte da gestante e o seu companheiro. Conclusão: as ações de prevenção de sífilis na gestação na atenção primária realizadas pelos enfermeiros possuem papel relevante na promoção e implementação de medidas efetivas, aplicadas de forma sistemática no enfrentamento da problemática e na terapêutica recomendada.