A ESSENCIALIDADE DA VACINAÇÃO NA LUTA CONTRA A REINCIDÊNCIA DA FEBRE AMARELA NO BRASIL |
A erradicação de qualquer doença infecciosa, na conjuntura atual de deslocamento populacional crescente, leva em consideração, principalmente, o combate da enfermidade no país visitado e e a sua disseminação no local de destino. Nesse contexto, objetivou-se realizar um trabalho de revisão de literatura com o intuito de analisar a importância da vacinação no controle da reincidência de doenças há muito sem documentação de casos ou erradicadas em território nacional. Na metodologia foi utilizada a base de dados SciELO, tendo como descritores os termos “Vacinação” (DeCS) e “Febre Amarela” (DeCS). Na busca de dados foram rastreados 41 artigos, publicados em português, no período de 2004 a 2018, abordando termas relacionados aos aspectos históricos e a efetividade dos métodos de imunização passiva já desenvolvidos. No Brasil, a vacinação demonstrou resultados eficazes no controle e erradicação de doenças preocupantes no século XX, como a cólera e a varíola, respectivamente. Nesse sentido, evidenciou-se não só a eficácia biológica das formas de imunização passiva direcionadas ao combate de doenças infecciosas, mas, também, a relevância de ações de imunização, como o Programa Nacional de Imunizações, criado pelo governo brasileiro em 1973. Diante disso, evidencia-se a importância da vacinação contra doenças que estão retornando no cenário antropológico, como a Febre Amarela, com o intuito de impedir o ressurgimento da veiculação urbana desse agravo no Brasil. Essa conduta pode minimizar a incidência de casos em zonas rurais e evitar sua transmissão para outros locais, tendo em vista a vasta gama de vetores da doença presentes em vários países de clima tropical e subtropical. O descompasso entre a demanda populacional e o número de vacinas contra Febre Amarela disponíveis para as áreas urbanas e rural do Brasil é um fator preocupante ao combate desse agravo. |