HANSENÍASE EM PERNAMBUCO: PREVALÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
FABRYNNE LOPES DE AMARAL1, BÁRBARA MONTEIRO DE MELO 1, MAÍRA CAVALCANTI SOUSA1, JOSÉ ROBERTO SCALONE BARBOSA1, PRISCYLLA RAYANNE FERNANDES DE OLIVEIRA1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
barbaramelomed@gmail.com

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae , parasita in­tracelular obrigatório. Trata-se de uma micobactéria que infecta principalmente a pele e os nervos periféricos, especificamente células de Schwann. Este bacilo, álcool-ácido resistente em forma de bastonete, é transmitido principalmente pelas vias áreas superiores por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com uma pessoa doente sem tratamento. Esta doença é considerada uma das mais antigas da humanidade, com datação de 600 a.C., porém ainda muito vigente, sendo de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. A revisão de literatura foi realizada no primeiro semestre de 2018. Para tal, foram utilizados os dados da Secretaria do Estado de Pernambuco, do boletim do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. Segundo o último boletim epidemiológico do ministério da saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 foi reportado o quantitativo de aproximadamente 215 mil casos de hanseníase a nível mundial, o que representa uma taxa de detecção de 2,9 casos por 100 mil habitantes. Já em território nacional, foram notificados mais de 5 mil novos casos, perfazendo uma taxa de 12,2/100 mil habitantes. Onde, Pernambuco se destacou como área hiperendêmica, por possuir uma taxa de incidência de aproximadamente 26/100 mil habitantes. Com isso, o estado se coloca entre as principais áreas endêmicas do país, ficando em nono lugar (nível nacional) e em terceiro lugar (nível regional). Fato esse que gerou o desenvolvimento de um programa global de combate a Hanseníase (2016-2020) pela OMS, que tem como principal objetivo reduzir a carga da doença. O programa desenvolvido se baseia em três níveis: (a) fortalecimento do controle e da parceria governamental, (b) o combate da hanseníase e suas complicações, e (c) o enfrentamento da discriminação com promoção da inclusão social. Muito embora a prevalência da hanseníase a nível nacional ainda esteja alta, o Brasil como o segundo país com maior frequência de hanseníase no mundo, as estratégias adotadas já vêm apresentando resultados, demonstrando a redução dos novos casos a cada ano. Sendo assim, o trabalho multidisciplinar entre os profissionais de saúde deve continuar, dividido nos três níveis (promoção, prevenção e tratamento), dando a devido importância a cada um deles.

 

Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Prevalência.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hanseníase, Prevalência