A SITUAÇÃO DA FEBRE AMARELA NO BRASIL
MAÍRA CAVALCANTI SOUSA1, PRISCYLLA RAYANNE FERNANDES DE OLIVEIRA1, JOSÉ ROBERTO SCALONE BARBOSA1, BÁRBARA MONTEIRO DE MELO 1, FABRYNNE LOPES DE AMARAL1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
barbaramelomed@gmail.com

A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa não contagiosa. É causada por um arbovírus do gênero Flavivirus , família Flaviviridae e os mosquitos transmissores na América são Haemagogus e Sabethes. A doença cursa por um período curto (aproximadamente 12 dias) e de gravidade variável. A literatura mostra que 90% dos casos apresentam quadros clínicos brandos que podem evoluir para a cura e que 10% tem prognóstico drástico, podendo levar a morte. A forma grave pode se manifestar com quadro clínico de insuficiência renal e hepática, que podem inclusive levar a óbito. A medida mais importante para prevenir a FA é a vacinação, pois não existe tratamento etiológico específico para a doença. O objetivo do trabalho foi realizar um levantamento de dados epidemiológicos sobre a febre amarela no Brasil. Os dados foram obtidos do Portal do Ministério da Saúde (MS) que divulgou dados referentes ao período de 1º julho de 2017 a 30 de janeiro de 2018 . De acordo com os dados publicados pelo MS, nesse período foram notificados 1.080 casos suspeitos, sendo que 432 foram descartados e 435 permanecem em investigação. No período de monitoramento o Brasil registrou 213 casos de febre amarela, sendo que 81 vieram a óbito, havendo uma significativa diminuição tanto do número de casos confirmados quanto de óbitos, quando comparados com os dados do ano passado, de julho de 2016 até 30 de janeiro de 2017, onde foram notificados 468 casos confirmados e 147 óbitos confirmados. Os estados brasileiros mais acometidos pela febre amarela foram: São Paulo com 573 notificações e 43 óbitos; Minas Gerais com 244 notificações e 30 óbitos; Espírito Santo com 64 notificações e nenhum óbito; Rio de Janeiro com 34 notificações e 7 óbitos. Esses dados demonstram que o Brasil vive um dos maiores surtos de FA de transmissão silvestre da sua história. Com isso, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação da população durante o período da campanha nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Portanto, foi adotado o método de fracionamento da vacina, recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido ao aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional.

 

Palavras-chave: Epidemiologia; Febre amarela; Infecções por arbovírus.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Febre amarela, Infecções por arbovírus