AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE NA PARAÍBA/BRASIL, NO PERÍODO DE 2010 a 2017 |
Introdução: A esquistossomose, considerada endêmica em regiões tropicais, é uma doença parasitária cujo agente etiológico é o trematódeo Schistosoma mansoni , tendo como hospedeiro intermediário moluscos de água doce do gênero Bimphalaria. Inicialmente tal doença possui características assintomáticas, podendo se agravar e evoluir para quadros clínicos graves, que pode ocasionar o óbito dos indivíduos acometidos pela mesma. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a incidência de casos de esquistossomose no Estado da Paraíba, no período 2010 a 2017. Desenho do estudo: Foi realizado um estudo baseado em revisão de literatura e na coleta de dados fornecidos pelo DATASUS. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter quantitativo e de revisão de literatura, iniciado através da coleta de dados indexados durante o período de 2010 a 2017 no DATASUS, viabilizado através do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), periódicos da CAPES e PUBMED. Resultados: No período de 2010 a 2017, foi possível evidenciar 889 casos de esquistossomose confirmados no estado da Paraíba. Nos anos de 2010 a 2012, houve um aumento significativo no número de pacientes acometidos pela doença, equivalendo-se a um total de 398 casos confirmados. Em contrapartida, nos anos de 2013 e 2015, foi observada uma diminuição na quantidade de ocorrências, correspondendo a 34 e 87 casos notificados, respectivamente. Contudo, no período de 2016 a 2017, foi demonstrando um crescimento exponencial de pacientes acometidos pelo patógeno. Também foi observado que os indivíduos que se enquadravam na faixa etária entre 40-59 apresentavam maior número de infecções por esquistossomose, correspondendo a um total de 179 casos, quando comparado com outras faixas etárias. Discussão: Alguns estudos relataram a existência de aproximadamente sete milhões de indivíduos acometidos por esquistossomose no país, sendo o nordeste a região com maior incidência de casos, incluindo os estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba e Pernambuco. Os demais estados apresentam prevalência da doença, porém em menor escala. Conclusão: Dessa forma, mesmo com 71,75% da população possuindo acesso ao serviço de saneamento no estado da Paraíba no final de 2014, a incidência de casos não demostrou diminuição significativa, o que leva a concluir que a ausência desse serviço para parte da população possui interferência direta na saúde pública. |