AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DENGUE NO ESTADO DA PARAÍBA/BRASIL NO PERÍODO DE 2009-2012 |
Introdução: A dengue é uma arbovirose causada por quatros sorotipos antigenicamente distintos, pertencente à família Flaviviridae , gênero Flavivirus . Estima-se que por ano ocorram cerca de 50 a 100 milhões de novos casos de infecções por dengue em todo o mundo. A infecção pelo DENV pode provocar uma variedade de síndromes clínicas variando desde a Dengue Clássica, até Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome do Choque da Dengue, podendo levar o paciente à morte. Porém, em 2013, foi anunciado um suposto quinto sorotipo do vírus, detectado na Malásia em 2007, após análise de DNA, apresentando sintomas intensos. Entretanto, esse suposto quinto sorotipo ainda não foi confirmado. Objetivos: Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a incidência de dengue no estado da Paraíba/Brasil no período de 2008 a 2012, relatando a classificação dos casos. Desenho do estudo: Relatar as incidências de casos registrados de Dengue no Estado da Paraíba no período de 2009 a 2012, através de uma busca no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo baseado na análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Com base nos dados de casos de Dengue, foram registrados 19.782 casos no período do estudo. Sem considerar o sexo, o ano de 2011 apresentou o maior número de casos (8.120; 41%). Nesse mesmo ano, quanto a classificação, houve maiores incidências de casos de Febre Hemorrágica da Dengue (88; 0,44%) e Síndrome do Choque da Dengue (12; 0,06%) em comparação aos outros anos do período do estudo. Porém, o ano de 2009, apresentou maior incidência de casos de dengue com complicações (15; 0,075%). Discussões: A pesquisa foi satisfatória, pois percebeu-se que houve um importante aumento do número de casos de dengue na Paraíba, onde os anos de 2011 e 2012 apresentaram as maiores taxas de incidência. Isso traz preocupações, pois trata-se de uma doença com grande taxa de morbidade e mortalidade em todo o país. Conclusões: Embora existam diretrizes de vigilância epidemiológica para essa doença, ainda persiste o desafio de se preconizar medidas de conscientização na população no combate ao mosquito vetor e com possível diminuição expressiva de casos no estado. |