ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE MALÁRIA EXTRA-AMAZÔNICA NO PERÍODO DE 2012 A 2017
ANA CARLA DA SILVA 1, KAMILA KÁSSIA DOS SANTOS OLIVEIRA1, ALEX JOSÉ DE MELO SILVA1, AMANDA PIMENTEL NASCIMENTO DE LIMA1, GABRIEL HENRIQUE DE LIMA 1
1. IAM - Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
anacarlasilva07@yahoo.com.br

A malária é uma doença compulsória grave, presente em mais de 100 países e afeta aproximadamente 216 milhões de indivíduos no mundo. No Brasil, a Amazônia apresenta 99% dos casos notificados, em consequência dos fatores ambientais e socioeconômicos. No entanto, uma vez que o Brasil apresenta uma extensa área territorial, com condições ecológicas diversas, é preciso realizar uma constante avaliação a fim de se compreender como a malária se distribuí nas regiões não endêmicas.  Diante disso, o objetivo do trabalho foi realizar estudo descritivo da distribuição da infecção por Plasmodium sp nas regiões extra-Amazônicas, entre os anos de 2012 a 2017, evidenciando a diferença epidemiológica entre P.  vivax e P. falciparum . Os dados foram obtidos do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan e Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os critérios adotados para avaliação foram: prevalência e alerta territorial, panorama regional das duas espécies de Plasmodium sp, dentro das 18 unidades federativas (Extra-amazônica) analisadas. Os resultados indicam, que os estados do Sudeste: Espírito Santo - ES (n=303;7,89%), Minas Gerais - MG (n=400;10,42%), Rio de Janeiro-RJ (n=464;12,09%) e São Paulo - SP (n=939;24,47%,) apresentaram maior incidência de malária. As unidades federativas no Nordeste: Sergipe (n=26;0,68%), Paraíba (n=32; 0,75%) e Alagoas (n=29;0,83%), notificaram o menor número de casos. Nota-se que entre os estados estudados, o ano de 2017, obteve uma diminuição de casos de malária em 49,9% em relação ao ano de 2012. Isso deve-se dos avanços nas intervenções do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM). No entanto, os estados do Mato Grosso do Sul e Alagoas, revelaram um aumento de casos nos últimos 2 anos, com proporção de (n=5-13 casos-260%), (n=2-6 casos-300%), respectivamente. Em acréscimo, nos territórios estudados também foram encontradas diferenças no perfil de distribuição entre as espécies de P.  vivax e P. falciparum. A análise dos resultados parasitológicos nos casos confirmados, revelaram que embora o P. falciparum seja responsável por grande parcela dos óbitos, o P.  vivax, ainda contribui para significativa distribuição da malária no Brasil: ES (n=258: 90%), MG (n=199: 58,3%), RJ (n=222:52,22%) e SP (n=364:48,3,8%). O aumento no número de casos nessas áreas reflete a necessidade de medidas intervencionais a fim de minimizar a transmissão em locais não endêmicos.



Palavras-chaves:  Plasmodium sp, Malária, Incidência