PREVALÊNCIA DE PSEUDOMONAS SPP. EM HEMOCULTURAS DE UM HOSPITAL DO AGRESTE PERNAMBUCANO.
MARIANA QUITÉRIA DE MORAIS SILVA 1, CARLOS ALBERTO MEDEIROS NETO 1, LAMARTINE RODRIGUES MARTINS 1, MARIA IZABELY SILVA PIMENTEL1, REBECA LARISSA NEPOMUCENO TORRES1, YASMIN ALVES GOMES1, SIBELE RIBEIRO DE OLIVEIRA 1
1. ASCES - Centro Universitário Tabosa de Almeida
mariana_qmorais@hotmail.com

A infecção hospitalar (IH) é atualmente uma das preocupações encontradas, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo uma das principais causas do aumento da mobi-mortalidade, tempo permanência e, por conseguinte a elevação em cerca de três vezes com custos da internação. Avaliar a prevalência de Pseudomonas spp. em hemoculturas de pacientes de um hospital do agreste de Pernambuco, bem como seu principal local de disseminação e sua resistência frente aos antibióticos. Trata-se de um estudo observacional, exploratório retrospectivo, de natureza quantitativa. Foram inclusos dados sobre hemoculturas, registrados nos livros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), durante os anos de 2012 a 2016, que apresentaram-se positivas para Pseudomonas spp. e possuíam antibiograma com perfil de resistência em um hospital de emergência do agreste pernambucano. Foram excluídos dados incompletos como o nome, ou o antibiograma inconclusivo. Todos os dados foram processados através do software Excel (Microsoft Office®). A prevalência de Pseudomonas spp. foi de 21,02% dos pacientes internados no hospital sendo a UTI o principal local de prevalência, com taxa de 19,04%. Os níveis de resistência para Cefepime foram de 33,12%, Ceftriaxona 100%, Aztreonam 40,21%, Meropenem 84,37%, Gentamicina 37,5%, Amicacina 33,57%, Ciprofloxacina 56,25%, Levofloxacina 49,99% e Piperacilina+Tozobactam 33,12%, sendo a população masculina a mais atingida com 60% dos casos. A significativa prevalência do gênero Pseudomonas spp no ambiente hospitalar, especialmente na UTI é reflexo deste ser um patógeno oportunista. O início destas IH é muitas vezes exógeno e são por diversas vezes decorrentes de lesões cutâneas prévias, de modo que a exposição do organismo já debilitado aos fatores psicossociais, nutricionais e ambientais, quando combinados, facilitam a colonização por este microrganismo. A taxa crescente de resistência frente aos antibióticos é reflexo, muitas vezes, do uso indiscriminado destes, tanto a nível hospitalar quanto na comunidade, sendo fundamental o reforço quanto ao controle e uso racional de antimicrobianos.



Palavras-chaves:  Pseudomonas, Unidade de Terapia Intensiva , Sepse