PREVALÊNCIA DE PSEUDOMONAS SPP. EM HEMOCULTURAS DE UM HOSPITAL DO AGRESTE PERNAMBUCANO. |
A infecção hospitalar (IH) é atualmente uma das preocupações encontradas, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo uma das principais causas do aumento da mobi-mortalidade, tempo permanência e, por conseguinte a elevação em cerca de três vezes com custos da internação. Avaliar a prevalência de Pseudomonas spp. em hemoculturas de pacientes de um hospital do agreste de Pernambuco, bem como seu principal local de disseminação e sua resistência frente aos antibióticos. Trata-se de um estudo observacional, exploratório retrospectivo, de natureza quantitativa. Foram inclusos dados sobre hemoculturas, registrados nos livros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), durante os anos de 2012 a 2016, que apresentaram-se positivas para Pseudomonas spp. e possuíam antibiograma com perfil de resistência em um hospital de emergência do agreste pernambucano. Foram excluídos dados incompletos como o nome, ou o antibiograma inconclusivo. Todos os dados foram processados através do software Excel (Microsoft Office®). A prevalência de Pseudomonas spp. foi de 21,02% dos pacientes internados no hospital sendo a UTI o principal local de prevalência, com taxa de 19,04%. Os níveis de resistência para Cefepime foram de 33,12%, Ceftriaxona 100%, Aztreonam 40,21%, Meropenem 84,37%, Gentamicina 37,5%, Amicacina 33,57%, Ciprofloxacina 56,25%, Levofloxacina 49,99% e Piperacilina+Tozobactam 33,12%, sendo a população masculina a mais atingida com 60% dos casos. A significativa prevalência do gênero Pseudomonas spp no ambiente hospitalar, especialmente na UTI é reflexo deste ser um patógeno oportunista. O início destas IH é muitas vezes exógeno e são por diversas vezes decorrentes de lesões cutâneas prévias, de modo que a exposição do organismo já debilitado aos fatores psicossociais, nutricionais e ambientais, quando combinados, facilitam a colonização por este microrganismo. A taxa crescente de resistência frente aos antibióticos é reflexo, muitas vezes, do uso indiscriminado destes, tanto a nível hospitalar quanto na comunidade, sendo fundamental o reforço quanto ao controle e uso racional de antimicrobianos. |