ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS DAS HELMINTÍASES NO BRASIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DIOGENES PEREIRA LOPES ¹, MATHEUS ALESSANDRO CALLOU FREIRE¹, DIONIZIO GONÇALVES BEZERRA NETO¹, LUIZ FELLIPE GONÇALVES PINHEIRO¹, IONARA BASTOS DE MORAIS¹, JOSÉ DENILSON FERREIRA AMORIM¹, IAGO SÁVYO DUARTE SANTIAGO¹, RAIMUNDO DIEGO FERREIRA AMORIM¹, PEDRO WALISSON GOMES FEITOSA¹, MARIA DO SOCORRO VIEIRA GADELHA¹
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri
diogenesigt@gmail.com

As helmintíases persistem como um importante agravo à saúde pública. Fatores como habitação, saneamento e hábitos de higiene são, em grande parte, determinantes no processo de desenvolvimento e transmissão de tais doenças, o que requer uma intensa prevenção e o tratamento precoce dos infectados a fim de diminuir essas parasitoses intestinais. O trabalho de pesquisa teve por objetivo compilar informações sobre aspectos clínicos, métodos diagnósticos, terapêutica e profilaxia das enteroparasitoses causadas por helmintos. Foi realizada uma revisão sistemática, por meio da literatura online disponível, no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “Helmintos”, “Epidemiologia”, “Terapêutica” e “Aspectos Clínicos”, no período de 2008 e 2017. Foram encontrados 150 artigos completos, dos quais 47 abordavam a temática da pesquisa. Os estudos revelaram que o estado assintomático, predominantemente nas crianças e nas pessoas com deficiências imunes, continua sendo a principal característica dessas doenças, as quais estão relacionadas às condições socioeconômicas dos indivíduos. Além disso, a difusão de ações de promoção e prevenção em saúde são necessárias aos grupos indígenas e quilombolas, tendo em vista que a prevalência de enteroparasitoses nessas comunidades mostrou-se significativa. Constatou-se que as manifestações clínicas são múltiplas e dependem do tipo de helminto infectante, do grau de parasitismo, da condição de saúde do indivíduo e dos tecidos infectados. Os dados epidemiológicos achados mostraram que a prevalência de parasitoses está relacionada às condições socioeconômicas dos indivíduos. Diante do exposto, fica evidente que para o controle e a prevenção das enteroparasitoses causadas por helmintos faz-se necessário o aprimoramento de campanhas sociais inclusivas, difusoras do saneamento básico, além de uma boa educação, objetivando um bom trato com os alimentos e a higiene pessoal.