PRINCIPAIS ASPECTOS TERAPÊUTICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DIOGENES PEREIRA LOPES 1, MATHEUS ALESSANDRO CALLOU FREIRE1, DIONIZIO GONÇALVES BEZERRA NETO1, LUIZ FELLIPE GONÇALVES PINHEIRO1, DIANA PEREIRA LOPES1, WASHINGTON MOURA BRAZ1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri, 2. UNILEÃO - Centro Universitário Leão Sampaio
diogenesigt@gmail.com

A leishmaniose visceral (VL) é uma doença provocada pelo tripanossomatídeo Leishmania chagasi, sendo transmitida por vetores do gênero Lutzomia. É responsável por uma mortalidade global estimada em 59.000 óbitos anuais, tem deixado seu status rural e atingido centros urbanos e, consequentemente, aglomerados populacionais. Com isso, tal trabalho tem por objetivo a descrição e discussão dos principais aspectos e métodos utilizados atualmente na terapia da VL, buscando a atualização e melhor efetividade na prática médica. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura do período de 2008 a 2018, realizada na base de dados SCOPUS. Os descritores utilizados foram “Visceral Leishmaniasis” (DeCS) e “Therapeutics” (DeCS). Foram encontrados 50 artigos dos quais 24 foram excluídos por se relacionarem a estudos com animais, dos 26 relacionados a humanos, 12 foram incluídos por se relacionarem diretamente ao tema. Diante disso, foi constatado que a terapia, in vivo e in vitro, por meio de  extrato de Bergenia ligulata foi capaz de reduzir a carga parasitária significativamente em 95,56%, aliado a isso foi verificado um aumento significativo dos níveis de IL-12 e IFN-γ em comparação com IL-10 e IL-4. Tal extrato mostrou atividade antileishmania e imunomoduladora, haja vista a redução da carga parasitária e a troca da resposta imune para Th1, podendo significar um menor dano e menor efeito na terapêutica comparado a outras drogas. Ademais, observou-se que os sesquiterpenos mostraram atividade antiparasitária expressiva: Artemisinina associada a lipossoma foi identificado como método para contornar a pouca eficácia da droga, haja vista a redução na carga viral quando comparados as duas apresentações. Falou-se ainda da mediação da atividade inflamatória como forma terapêutica, já que o parasita utiliza de mecanismos nucleares como forma de equilíbrio, a fim de manter a utilidade celular em vista da sua relação com o hospedeiro. Dessarte, foi observado que os estudos realizados nos últimos anos vêm demonstrando uma evolução tanto na apresentação terapêutica quanto na modulação da eficácia de fármacos já estudados, objetivando melhorar as opções e os resultados na terapia. Contudo, é inegável a baixa produção científica no sentido da criação e melhoramento dos manejos nessa doença negligenciada, o que mostra a necessidade mundial de pesquisas em torno desse tema e o maior investimento no estudo da VL.

Palavras-chave: Leishmaniose visceral; Terapêutica; Revisão sistemática



Palavras-chaves:  Leishmaniose visceral, Terapêutica, Revisão sistemática